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Mais da metade dos brasileiros não poupa para a aposentadoria. Descubra porque é importante se programar para não depender apenas da previdência social
por Portal Exponencial
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
A terceira idade é vista por muitos como o momento de tirar os sonhos do papel. Ideias como viajar, curtir os netos e, até mesmo, descansar e desintoxicar da rotina estressante do mercado de trabalho fazem parte da pauta dos que estão próximos da aposentadoria. Mas, se no imaginário social ser aposentado é sinônimo de relaxar e curtir a vida, para muitos brasileiros, a realidade é outra.
O mau planejamento financeiro faz com que muitos idosos continuem trabalhando e/ou sejam a fonte de sustento da família. É o que mostra uma análise realizada pelo Serviço de Proteção de Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Segundo o levantamento, que foi divulgado no final do ano passado, 43% dos brasileiros acima de 60 anos são os principais responsáveis pelo pagamento de contas e despesas da casa. De um modo geral, 91% dessa parte da população continua contribuindo ao orçamento da casa.
A crise econômica e a mudança demográfica da população foram fatores que contribuíram para o atual cenário - principalmente porque o número de pessoas na terceira idade têm aumentado exponencialmente no país. Porém, a falta de planejamento e de educação financeira ainda é o principal problema para esse resultado.
Para Fábio Galo, doutor em economia e professor da FGV-EAESP, um dos grandes problemas desse tema no Brasil é que parte da população espera viver a aposentadoria apenas com o dinheiro da previdência social.
Em muitos casos, porém, o valor pago ao contribuinte não é o suficiente para o sustento dele e/ou da família. “Quando a pessoa vai se aposentar, ela cria um imaginário de como quer estar nessa fase. Mas, ao mesmo tempo, não se prepara para isso”, explica o especialista. “Por isso que o número de aposentados trabalhando tem aumentado: a renda não é o suficiente.”
Em pauta desde governos anteriores, a reforma da previdência é um dos principais entraves atuais da economia brasileira. E os números endossam o problema: considerando o regime de previdência dos servidores da União, o déficit em 2018 pode ter chegado a 226,8 bilhões. Em 2017, o rombo somou 182 bilhões para as contas públicas.
Entre os motivos para o problema da previdência social ter chegado a esse nível está o fato de os brasileiros estarem vivendo mais - e, consequentemente, o governo estar desembolsando mais dinheiro para o INSS. Um levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), por exemplo, revela que 89% dos aposentados hoje vivem apenas com a renda vinda da previdência pública.
A pesquisa, que foi divulgada no segundo semestre de 2018, revela outro dado alarmante: mesmo com a polêmica da reforma da previdência, as pessoas ainda contam apenas com o recurso público para passar o período da aposentadoria: mais da metade dos brasileiros não está poupando para quando o momento chegar.
Em nota, Ana Leoni, superintendente de educação e informações técnicas da Anbima, afirmou que a organização financeira para a terceira idade é fundamental, principalmente em um momento de grande discussão e preocupação com a previdência pública.
“O planejamento financeiro é fundamental, principalmente com a iminência de uma reforma nesse setor”, disse. “Não importa a fase da vida em que a pessoa esteja, nunca é cedo ou tarde demais para começar a poupar.”
De acordo com Galo, o primeiro passo para estruturar o planejamento da aposentadoria é vislumbrar a vida que quer levar como aposentado. Em qual grau de bem-estar você deseja ter quando essa fase chegar? Atenção: para atingir um bom nível de bem-estar não é necessário, por exemplo, ter muito dinheiro - e, sim, ter quantia suficiente para atingir os objetivos.
A partir desse momento, o especialista indica que é importante estabelecer o valor que te ajudará a manter um padrão de vida estável, assim como deixar uma reserva para emergência. “Vamos supor que a pessoa quer juntar 500 000 reais para a aposentadoria. Quanto mais cedo ela começar a juntar a quantia, melhor”, explica. “Traçar objetivos e metas é melhor em longo prazo.”
Isso porque a falta de um bom planejamento implica no chamado “custo de espera”: quanto mais tarde um indivíduo começa a guardar dinheiro para a aposentadoria, mais ele vai desembolsar em curto prazo.
“Existem casos em que se houvesse planejamento, a pessoa poderia poupar, por exemplo, 143,06 reais ao mês para, aos 60 anos, ter o montante planejado. Quando deixa para depois, os 143,06 reais podem se transformar em mais de dois mil reais por mês”, diz o economista. “Para muitas realidades, essa quantia mensal não é factível.”
Para não ser surpreendido negativamente no custo da espera, o ideal é separar, regularmente, uma quantia fixa destinada à aposentadoria. Além disso, sempre que possível, é importante revisar a estratégia, os planos, e fazer as contas para entender se a quantia poupada é o suficiente para atingir os planos futuros.
Outra recomendação é separar a aposentadoria em fases. A medida ajuda prever melhor as despesas - por consequência, a ter um bom planejamento. Por exemplo, o início da aposentadoria é mais marcada por despesas para realizar sonhos, como viajar, ficar com netos, entre outros. Já na segunda fase, o aposentado, por estar mais velho, passa a gastar mais com plano de saúde, remédios e contas médicas.
“Tudo isso irá ditar o quanto a pessoa precisa acumular para manter o padrão de vida. Por isso é importante separar a aposentadoria em fases”, conclui.
Com o planejamento adequado, a aposentadoria pode, sim, ser a melhor fase da vida.
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