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Atendendo a necessidades negligenciadas por bancos tradicionais, novas instituições financeiras têm conquistado público e transformado o mercado. Entenda como essas mudanças beneficiam o consumidor
por Flávia Marques
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
RESUMO DA NOTÍCIA
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Com o avanço da tecnologia, muitas atividades têm sido afetadas - e o mercado financeiro não ficou de fora dessas mudanças. Nos últimos anos, a digitalização e o maior acesso à internet via smartphones transformou-se em oportunidade para os bancos digitais e as fintechs, que estão ganhando força e possibilitando uma verdadeira transformação do setor: só entre 2017 e 2018, o número de bancos digitais no país cresceu 147%, segundo dados divulgados no relatório “A revolução dos bancos digitais 2020", do BTG Pactual.
Neste contexto, as novas instituições financeiras se destacam pela facilidade no processo de abertura de contas, maior escalabilidade e, principalmente, por suprir necessidades até então negligenciadas pelos bancos tradicionais. E, ao que parece, as novidades estão conquistando o público. Segundo o Banco Central, no final do ano passado, apenas quatro players - Nubank, Inter, Original e Agibank - já acumulavam quase 22 milhões de correntistas.
Essa revolução tem ampliado o acesso a diversos serviços como controle financeiro, crédito, facilidade na forma de investir, cartão de crédito entre outros. Mas, além dessas vantagens, outro ponto destaca-se como grande diferencial das novas instituições financeiras: a relação com o consumidor.
Fabrício Winter, especialista em serviços financeiros e sócio da consultoria Boanerges & Cia., defende que os bancos digitais conquistam e fidelizam o público pois oferecem um novo modelo de experiência ao usuário. “A afinidade do consumidor com as fintechs e bancos digitais ocorre, principalmente, por conta das plataformas simples e fáceis de usar, disponíveis na própria tela do celular, além de um atendimento mais rápido proporcionado pelo envolvimento de tecnologia nos processos”, comenta.
Em dezembro, um estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostrou que nove em cada dez brasileiros já consideram os serviços prestados por fintechs e bancos digitais iguais ou melhores do que os de bancos tradicionais.
O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca que as novas instituições financeiras atendem a uma parcela da população que estava insatisfeita com os serviços oferecidos pelos bancos tradicionais. “Diante das altas taxas e tarifas praticadas pelos bancos e financeiras tradicionais, além da insatisfação dos clientes com a qualidade dos serviços prestados por essas instituições, as fintechs e bancos digitais oferecem alternativas com clareza e transparência nas tarifas cobradas, preços mais competitivos e, acima de tudo, ferramentas mais acessíveis e eficientes para gerir seus recursos de maneira descomplicada”, afirma.
O relatório divulgado pelo BTG Pactual também analisou os principais atrativos para clientes de fintechs e bancos digitais, e a oferta de crédito é um dos pontos.
Entre os usuários de cartões de crédito, as grandes vantagens declaradas são isenção de anuidade e juros e taxas mais baixas em relação aos bancos tradicionais (54%), vantagem de resolver tudo pelo celular, sem burocracias (49%) e aprovação mais rápida e menos burocrática de crédito (41%).
No Brasil, os bancos digitais emergiram ao mesmo tempo em que cresceu o acesso dos brasileiros à internet e aos meios digitais, que hoje já estão disponíveis para mais de dois terços da população.
Ainda de acordo com o estudo conduzido pelo BTG, entre todos os conectados, 97% utilizam o telefone como meio de acesso à internet. Com o passar dos anos, o acesso também se torna mais democrático. Hoje, metade da população rural e das classes D e E já estão conectadas à internet.
Além de aderir às contas digitais, o brasileiro também passou a priorizá-las para efetuar suas transações - hoje, 60% delas são feitas online, sendo 40% via mobile e 20% via internet banking.
Entre 2017 e 2018, o número de transações bancárias em canais digitais cresceu 32,69%.
Não há dúvidas sobre o sucesso dos bancos digitais brasileiros em seus primeiros anos nesse mercado. As provas disso estão no crescimento vertiginoso do número de clientes aderindo a essas instituições, além de feedbacks positivos sobre a usabilidade e simplicidade dos produtos.
Um levantamento da Forbes de 2019 sobre os melhores bancos brasileiros colocou Nubank, Banco Inter e Neon nos três primeiros lugares, à frente de todas as instituições tradicionais com décadas de serviços prestados no país e clientes fidelizados há muitos anos. Além deles, outros que têm se destacado no cenário nacional são o C6, o Banco Original e o Agibank. Conheça um pouco sobre cada instituição:
Fundação: 2014;
Principal diferencial: dinheiro na conta é depositado em CDBs, com rendimento de 95% a 101% do CDI (acima da poupança);
Estratégia para o futuro: lançamento da Spin Pay, sistema de pagamentos que permite que o cliente do banco realize compras no varejo sem uma nova conta ou mesmo um novo app; ele apenas informará o CPF e o débito já será feito na conta.
Fundação: 1994 (como Banco Intermedium);
Principal diferencial: tarifa zero em todos os serviços básicos, como manutenção de conta, saques, transferências para outros bancos e anuidade de cartão de crédito;
Estratégia para o futuro: há planos de uma parceria com a Uber na área de serviços financeiros, o que poderia impulsionar ainda mais o Banco internacionalmente. Lançou em novembro de 2019 o SuperApp, principal touchpoint com seus clientes, agregando em uma mesma plataforma a oferta de produtos e serviços financeiros e não financeiros.
Fundação: 2013;
Principal diferencial: recurso da conta corrente é remunerado em 100% do CDI; quase todos os serviços básicos são gratuitos, com exceção dos saques;
Estratégia para o futuro: com o ingresso nos mercados mexicano e argentino em 2019, o Nubank deu os primeiros passos para se expandir internacionalmente.
Fundação: 2011;
Principal diferencial: ao contrário das outras fintechs, o Original cobra uma tarifa mensal por manutenção da conta e um pacote completo de serviços;
Estratégia para o futuro: expandir a base de clientes.
Fundação: 1999 (como Agiplan);
Principal diferencial: fornecimento de crédito pessoal a usuários das classes C e D, atraindo a população desbancarizada;
Estratégia para o futuro: prevendo abertura de vários pontos de venda físicos pelo país, o banco aposta no omnichannel e na possibilidade de atendimento presencial para impulsionar o número de clientes de contas digitais.
Fundação: 2019;
Principal diferencial: oferece gratuitamente a C6 Taggy, que permite o pagamento automático em cancelas de pedágio com débito em conta, sem cobrança de mensalidade nesse serviço. Também oferece quase todos os serviços de forma gratuita;
Estratégia para o futuro: atingir todos os tipos de clientes, desde as pequenas e médias empresas até a população que não tem acesso a produtos financeiros e precisa dos serviços gratuitos.
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