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Saber o que é capital de giro e como calcular corretamente é fundamental para o sucesso do seu negócio. Confira dicas para manter as contas em dia
por Portal Exponencial
Atualizado em 16 de agosto, 2023
Quer saber mais sobre o capital de giro? Então você está no lugar certo. Nesta matéria, você encontra tudo que precisa para entender o que ele é, para que serve, como funciona o capital de giro e muito mais sobre esse importante recurso.
Toda empresa deve ter uma quantia de dinheiro reservada para sua manutenção, chamada capital de giro. Seja para pagar contas, inovar o maquinário ou simplesmente para ser aberta.
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Por isso, é importante se planejar e sempre ter controle sobre o fluxo de caixa. Para saber exatamente quanto entra e quanto sai de capital do seu negócio, é bom aprender a fazer essa conta.
Para facilitar sua jornada nesse universo, confira os principais tópicos desta matéria:
O capital de giro nada mais é do que a diferença entre os recursos disponíveis em caixa e a soma das despesas e contas a pagar. Este é o dinheiro necessário para manter a empresa funcionando no intervalo de tempo entre o investimento, como as compras feitas com os fornecedores, e o retorno do lucro para seu caixa.
Este processo de entrada de dinheiro (ativo circulante - AC) e saída de dinheiro (passivo circulante - PC) pode ser demorado, por isso ter um montante para para pagar as contas fixas, como impostos, aluguel do espaço, salários dos funcionários, contas de luz, telefone, água, internet e outras despesas é fundamental para a saúde financeira da empresa.
Contar com a entrada do dinheiro após a concretização da venda para então ter a quantia necessária para pagar essas despesas fixas é, além de incerto, imprudente, já que fatores externos e incontroláveis podem impactar o faturamento daquele mês.
Por isso, ter um capital de giro robusto é importante. Ele fornece segurança e aumenta também a possibilidade do empreendedor conseguir preços mais competitivos com os fornecedores ao negociar, por exemplo, a compra de suprimentos em maior quantidade.
Ainda na dúvida? Assista ao vídeo abaixo onde o Sebrae SP explica tudo que você precisa saber sobre capital de giro.
Conheça, abaixo, definições importantes sobre tipos diferentes de capital de giro.
O capital de giro líquido consiste no montante de recursos financeiros, exceto o ativo não circulante. Isso quer dizer que bens e imóveis não entram nessa conta, porque não representam dinheiro disponível para uso. Leva em conta a liquidez, ou seja, a facilidade com que um ativo pode ser convertido em dinheiro. É de fato a quantia disponível para manutenção do negócio.
O capital de giro negativo é sinal de que a empresa está gastando mais do que recebe. Isso significa que com a soma dos recursos não é possível quitar todos os débitos.
Vale destacar que apresentar capital de giro negativo nem sempre é ruim. Quando é por um curto período de tempo não é tão preocupante. Se o negócio ainda está no começo ou crescendo, é normal haver mais investimento e custos. Muitas vezes nos primeiros meses ou anos os ganhos não correspondem aos gastos.
Entretanto, se isso se estende por um longo período, é um mau sinal. Significa que mesmo que todos os recursos próprios sejam consumidos, o negócio ainda precisa de fontes externas, como empréstimos para capital de giro.
Por outro lado, se sobrar recursos em excesso no final do mês pode ser sinônimo de dinheiro parado ou aplicações financeiras com baixa rentabilidade. O que pode sinalizar algum erro nas contas e falta de planejamento.
Como o próprio nome diz, esse tipo de capital é o que a empresa possui, sem necessidade de empréstimo. Corresponde à diferença positiva entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante. Ou seja, as contas estão equilibradas. É usado quando não precisa recorrer a terceiros para resolver as questões financeiras. O próprio dinheiro da empresa pode reorganizar as finanças.
Esse tipo é chamado de investimento misto, porque une o capital de giro a investimentos. Nesse caso, o capital é destinado a cobrir despesas que o negócio terá ao investir. Por exemplo, se a empresa financia uma máquina, precisa de capital de giro para a matéria-prima.
Se o negócio investe todo o capital em ativos imobilizados, como imóveis, ao longo do tempo fica sem dinheiro para pagar as contas. Assim, se ficar sem recursos em caixa e conta bancária, precisa recorrer a terceiros. A partir disso surge o financiamento de capital de giro.
Muitas pessoas confundem e utilizam esses termos como sinônimos, mas na verdade ambos são diferentes e se complementam. O fluxo de caixa é a forma como o dinheiro é gerenciado pela empresa. Representa o movimento de entrada e saída do dinheiro. Se durante um tempo recebeu mais do que pagou, o fluxo de caixa é positivo. Caso contrário, fica negativo.
Já o capital de giro é a diferença entre a entrada e saída, isto é, o valor disponível para uso. Portanto, consiste na soma de recursos envolvidos no fluxo de caixa.
Em suma, a necessidade de capital de giro se justifica por garantir a saúde financeira das empresas. Ele pode proporcionar o seguinte:
Como vimos, ter e administrar o capital de giro de uma empresa deve ser prioridade para qualquer negócio que almeje o sucesso. Mas, como fazer esta conta?
O primeiro passo para o cálculo do capital de giro é calcular minuciosamente todos os custos mensais, fixos e variáveis, e conseguir chegar no montante perfeito para o bom funcionamento do seu empreendimento.
Primeiro, calcule o prazo médio que você tem das contas a pagar, de todas as compras feitas com fornecedores. Exemplo: 50% dos pagamentos para os fornecedores são à vista e 50% são pagos após 30 dias. Então, na média, seu prazo de pagamento para fornecedores é de 15 dias.
Agora, calcule também o prazo médio de recebimento: quanto tempo, em média, seus clientes levam para pagar? Exemplo: parte dos clientes efetuam o pagamento com 30 dias de prazo, outra parte, em 60 dias. A soma dos prazos totaliza 90. Ou seja, na média, você recebe dos seus clientes a cada 45 dias.
Dessa forma, você já descobriu que demora 45 dias para receber dos seus clientes, mas paga seus fornecedores, em média, a cada 15 dias. Ou seja, para suprir a diferença desses 30 dias de prazo você precisa de um capital de giro.
Existe um jeito prático de descobrir qual o valor ideal de capital de giro que a sua empresa precisa ter. Para isso, planejamento, organização e controle são essenciais ao empreendedor que quer ter suas contas saudáveis.
A fórmula indicada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para o cálculo do capital de giro é a seguinte:
Pronto. Este é o valor necessário para fazer o seu negócio funcionar por um certo período de tempo, o capital de giro.
Leia também: Confira o passo a passo para controlar contas a pagar e receber
Apesar de se falar em cálculo de capital de giro, a conta a ser feita é relativa à necessidade dele. Como está a situação financeira? É possível descobrir por meio de fórmulas simples e rápidas. Cada tipo de capital pede uma conta própria.
Primeiro, é preciso entender as siglas das contas do balanço patrimonial:
Após entender as siglas basta aplicar uma das fórmulas abaixo:
Para isso, é preciso calcular corretamente qual é o custo fixo mensal do seu negócio. Custos fixos são aqueles pagos todos os meses com nenhuma ou pouca alteração no valor, como aluguel, contas de energia, telefone, salários, impostos, entre outros.
Depois, é necessário fazer uma estimativa do valor do custo variável mensal do seu negócio. Aqui entram todas as despesas relacionadas com a venda ou a produção do seu produto ou serviço. Exemplo: matéria-prima, custos financeiros com impostos ligados diretamente à venda, entre outros. Esses custos são variáveis, porque sofrem alteração todos os meses.
Com esses valores mensais dos custos fixos e dos custos variáveis, faça uma média diária. Assim, você terá um valor aproximado de qual o custo por dia de sua empresa.
Agora, sabendo que existem 30 dias de prazo descobertos, é só multiplicar esses 30 dias por esse valor de custo diário. Por exemplo: você constatou que a empresa gasta por dia 100 reais para existir (100 reais x 30 dias = 3000 reais). Neste momento você acaba de descobrir a primeira parte sobre o valor necessário de capital de giro para sua empresa ter as finanças em dia.
A segunda parte é considerar o valor do estoque. Se você está iniciando agora uma empresa, qual é o estoque mínimo para começar o negócio? Se o negócio já está funcionando, não esqueça que é preciso ter, pelo menos, o estoque mínimo até a próxima reposição do fornecedor. Qual é esse valor?
Some esses valores de quanto você precisa investir em estoque com os valores anteriores, aquele que você multiplicou por 30, e pronto, finalmente você terá o valor total da sua necessidade de capital de giro.
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre capital de giro é fundamental saber fazer a gestão ou administração desse montante. Caso contrário, qualquer erro nas contas ou evento macroambiental pode abalar as finanças da empresa e o dinheiro ser insuficiente para a sobrevivência do negócio.
A gestão do capital de giro diz respeito, objetivamente, ao gerenciamento de estoques e contas a receber e a pagar. A expressão refere-se principalmente aos esforços da administração de uma empresa em direção ao gerenciamento eficaz de todo o dinheiro que entra e sai da empresa.
Uma boa gestão de capital de giro pode ajudar as empresas a não apenas cobrir suas obrigações financeiras, como também aumentar seus ganhos. Ou seja, gestão ou administração desses recursos depende do acompanhamento minucioso de estoques, caixa, contas a pagar, contas a receber.
Algumas ferramentas podem ajudar a administrar as contas, como softwares ou blogs voltados para contabilidade. Outro ponto essencial é conhecer cada parte da empresa e registrar pontualmente despesas e receitas. Isso permite identificar onde houve falha ou como melhorar as finanças.
É importante lembrar que notas fiscais ainda não emitidas e valores projetados não entram nessa conta, apenas no fluxo de caixa. É essencial controlar essa parte para manter a conta no azul. Considere apenas tudo que já foi pago e está disponível para uso.
Tente aumentar os prazos de pagamento para evitar inadimplência. Só pague à vista se as condições forem realmente melhores.
O ideal é buscar sempre fazer mais com menos custos. Isso aumenta a produtividade da empresa e consequentemente seu lucro. É interessante cortar o máximo de gastos possíveis, por menores que pareçam. Apagar a luz ao deixar um ambiente vazio ou eliminar pequenos hábitos do cotidiano desnecessários para o bom funcionamento da empresa.
Como já dito antes, é importante controlar os clientes inadimplentes. Para isso, busque formas de pagamento mais imediatas e de preferência a curto prazo. O crédito deve ser disponibilizado de acordo com o perfil do cliente.
Bons pagadores podem ter vantagem. Vale a pena negociar as condições de pagamento com o cliente. Pode ser melhor receber parcelado, mesmo correndo risco de inadimplência. Isso ajuda a reduzir o período entre quitar a dívida com o fornecedor e ter o dinheiro do cliente.
Se ter capital de giro próprio ainda não é a realidade da sua empresa, confira as orientações do Sebrae para alcançar esse objetivo e encontrar equilíbrio e saúde para as finanças de seu negócio.
Descubra custos que podem ser diminuídos e faça o que for necessário para cortá-los. Fique sempre atento ao fluxo de caixa para manter as finanças em dia, pois muitas empresas fecham as portas pela má administração do capital de giro.
Não use seu capital de giro para cobrir alguma despesa e deixe de repor a mesma quantia quando entra dinheiro em caixa, isso pode ser o começo do fim. Seja criterioso com o seu controle financeiro, reduzindo possíveis riscos no futuro.
Procure formas de pagamento mais confortáveis com seus fornecedores, com um aumento de prazo ou, se à vista o preço ficar mais barato, verifique se esse desconto cabe no seu planejamento de capital de giro.
Para os clientes, tente sempre que possível reduzir os prazos de financiamento. É difícil, já que os concorrentes podem oferecer condições de pagamento melhores que a sua. No entanto, não custa tentar.
Mesmo com planejamento e cuidados com as finanças, algumas empresas não conseguem um bom capital de giro. Por isso, é preciso desenvolver estratégias para ampliar ou conseguir por meio de terceiros.
Ao considerar fazer um empréstimo para este fim, pesquise os menores juros do mercado e verifique se o financiamento irá realmente ajudar a empresa a resolver o problema e a manter o capital de giro próprio.
Leia também: 7 linhas de financiamento para sua empresa
Empresas iniciantes, pequenos e microempresários precisam de capital de giro para expandir. Como no início os gastos são maiores que os ganhos, muitas vezes necessitam de uma renda extra. Além disso, às vezes esse dinheiro é importante para abrir o negócio. Dessa forma, o empréstimo pode ser uma boa escolha.
Importante ressaltar que o valor do crédito não deve superar a rentabilidade do negócio e que também a empresa precisa estar ativa e formalizada para conseguir um empréstimo mais rapidamente. Portanto, acompanhe os indicadores de desempenho, como lucratividade, rentabilidade e prazo de retorno do investimento para descobrir qual a linha de crédito mais apropriada para seu negócio.
Veja abaixo as principais respostas sobre capital de giro.
Para abrir um negócio, levantar capital de giro, quitar débitos ou investir em melhorias na empresa, algumas alternativas de crédito podem ser grandes aliadas.
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