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A obesidade no Brasil cresceu 67,8% nos últimos treze anos. Por saúde ou estética, manter hábitos alimentares saudáveis se faz cada vez mais necessário. Confira dicas para comer bem, sem lesar o bolso
por Elaine Ortiz
Atualizado em 12 de fevereiro, 2021
Sempre que começa um novo ano, muitas pessoas estabelecem como meta emagrecer. As academias lotam, as consultas com nutricionistas ficam mais disputadas e tirar a dieta do papel se torna o grande objetivo. No entanto, o tempo vai passando e um dos principais entraves (ou desculpas) para não seguir com o plano alimentar é o preço dos alimentos considerados saudáveis. Afinal, fazer dieta e ter uma alimentação equilibrada custa caro? Como economizar na dieta?
Para o nutricionista Gustavo Fogaça ter hábitos alimentares saudáveis, sem gastar muito, é totalmente possível, requer apenas organização. “Caro é o que você paga pela praticidade e comodidade. A maioria das pessoas hoje não tem tempo suficiente para ir para cozinha colocar a mão na massa e a praticidade tem um custo”, diz.
“Tudo que você embala, aumenta a validade, coloca em uma prateleira, custa mais caro e muitas pessoas estão mal acostumadas, querem uma alimentação que venha pronta na casa delas, mas isso sempre terá um custo. Talvez por isso que muitos consideram que é caro fazer dieta, onde na verdade não é, desde que você consiga preparar sua própria comida, se organizar e ter tudo o que precisa em mãos na hora do preparo”.
De acordo com a última pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018, divulgada pelo Ministério da Saúde, o número de obesos no Brasil cresceu 67,8% nos últimos treze anos — saltou de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. Os dados da pesquisa apontam crescimento em um número que estava estabilizado nos últimos anos. Desde 2015, a prevalência da obesidade na população brasileira havia se mantido em 18,9%.
Além de ser uma questão crucial para a saúde, já que impacta em todo o funcionamento do organismo, ter uma alimentação saudável é essencial para quem quer perder peso, uma das demandas mais comuns entre pessoas de todas as idades e classes sociais.
“Emagrecimento é muito mais simples do que as pessoas acham que é”, diz Fogaça. “Nada mais é do que você consumir menos calorias do que você gasta. A parte quantitativa, nesse caso, vale muito, a qualidade também é importante, mas se a pessoa continuar comendo muito de um alimento saudável talvez ela também não consiga emagrecer”, esclarece.
O nutricionista explica que para perder peso é fundamental ter um maior controle da ingesta em todas as refeições, diminuir a quantidade de produtos industrializados que consome, principalmente os que têm uma carga de sódio mais alta, e diminuir a gordura e o açúcar de adição.
“Muita gente tem costume de colocar azeite em tudo o que vai preparar, por exemplo, elas não conseguem enxergar que essas gorduras também são contabilizadas e podem comprometer os resultados da sua dieta, assim como as gorduras intrínsecas nos alimentos também”, diz.
“Normalmente, os industrializados têm muito mais gorduras, porém as proteínas animais também têm bastante gordura, tanto as do próprio alimento, quanto a gordura do preparo”, explica. “É importante ficar atento, essas dicas já servem para que a pessoa consiga sentir uma diferença inicial”.
Ir ao supermercado está cada vez mais caro. Pelo menos essa é a impressão de muitos brasileiros. A sensação não é à toa. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2019 em 4,31%. O indicador é usado como inflação oficial pelo governo e foi divulgado em janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, a inflação foi de 1,15%.
Com isso, o índice ficou ligeiramente acima do centro da meta estabelecida pelo governo, que era de 4,25% com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Em 2018, o índice havia fechado em 3,75%. O resultado do IPCA em 2019 foi o maior em três anos, quando a inflação acumulou alta de 6,29% em 2016.
Os preços do grupo alimentos e bebidas pesaram no bolso dos brasileiros. A alta de 6,37% foi puxada, principalmente, pelas carnes, cujos preços dispararam no mercado interno devido ao aumento das exportações para a China e à desvalorização do real. Segundo o IBGE, a alta da carne bovina foi de 32,24% ao ano.
Neste cenário, como economizar? Confira dicas do nutricionista Gustavo Fogaça.
1. Organize-se, faça lista de compras e prepare suas refeições
Organização é a chave de qualquer dieta. É necessário, em primeiro lugar, compreender o que faz bem para a sua saúde e o que não faz. Passar em consulta com um nutricionista ou nutrólogo para construir um cardápio personalizado é uma ótima dica. Com um plano alimentar em mãos, é hora de fazer a lista do que precisar ter na sua despensa e ir ao supermercado.
“O cardápio mais saudável e mais nutritivo é aquele cardápio vivo, que são comidas cruas, retiradas da terra, que você precisa preparar, refogar”, diz Fogaça. “Experimente deixar de adquirir produtos industrializados, que estão em um saquinho prontos para serem consumidos. É difícil, mas esse caminho com certeza é o que vai prosperar em todos os sentidos, tanto no emagrecimento, quanto no aumento da qualidade de vida da pessoa”.
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2. Aposte em hortifrutis e feiras-livres e evite desperdícios
Produtos in-natura, que não foram manipulados em uma indústria alimentícia, são, via de regra, mais baratos do que produtos que passaram por processos. Não há lugar melhor para adquirir alimentos frescos e de qualidade do que hortifrutis e feiras-livres. Além de ser um passeio de sensações, já que muitos feirantes promovem a degustação de suas frutas nas barracas.
“Uma boa dica para economizar é não ir no começo da feira, na exposição inicial das frutas. Quanto mais do meio para o fim você for, mais barato vai ficando”, diz Fogaça. “Outro ponto importante é aproveitar mais os alimentos, usar mais os caules, as folhas, como forma de suco ou refogados, as pessoas acabam só utilizando a flor dos legumes e verduras e esquecem que os nutrientes estão muito presentes nos caules e nas cascas, que quase sempre vão para o lixo. Utilizar o alimento em sua integralidade ajudar a ter uma alimentação mais em conta e muito mais nutritiva”.
3. Cuidado com alimentos que parecem ser saudáveis, mas não são
Diversas marcas utilizam apelo publicitário para vender seus produtos como “fonte de vitaminas e minerais”, por exemplo, mas na verdade são fontes de açúcar e farinha branca, fornecendo calorias vazias e não agregando em nada a saúde dos consumidores.
“Vários alimentos e produtos alimentícios acabam mostrando uma coisa, mas na verdade são outra. É muito complexo saber como identificar isso porque cada alimento, cada produto tem uma especificação diferente para identificar se ele é realmente um produto de qualidade, saudável ou não”, explica o nutricionista.
“É difícil, mas saber ler e interpretar melhor os rótulos é a melhor forma de identificar o que existe nos alimentos que estão na embalagem. Ainda assim, não há garantias, porque algumas empresas mascaram essas informações e a pessoa quando vai ler o rótulo não consegue saber exatamente o que ela está consumindo”, diz Fogaça.
4. Alimente-se com consciência
Os alimentos se enquadram em seis grupos alimentares: carboidratos, verduras e legumes, frutas, carnes ovos e grãos, laticínios, lipídios e açúcares. Cada grupo alimentar oferece uma função diferente ao corpo humano. Saber como equilibrar esses grupos em uma dieta balanceada é o grande desafio.
Desde a infância, na introdução alimentar, é necessário que os bebês, a partir dos seis meses, conheçam esses grupos alimentares gradualmente, para formar um paladar rico e ter experiências agradáveis com a comida. Sem sal e açúcar de adição, para ter contato com os sabores naturais de cada alimento.
A consciência começa com os pais, e continua na vida adulta na escolha pessoal na hora de servir o prato em um restaurante self-service, ou comprar uma comida pronta no final de semana, ou ainda na seleção do que coloca no carrinho no supermercado.
Ser consciente com as escolha é fundamental para o sucesso de uma dieta. E uma vez consciente de suas as escolhas, o consumidor passa a prestar mais atenção também aos preços dos produtos e consegue economizar, fazer pesquisas e listas antes de sair às compras.
“É importante ter mais tempo para poder preparar seus alimentos, sair para comprar os produtos e selecionar um pouco os preços”, diz Fogaça. “E isso é o contrário de comprar já no primeiro lugar, tem que fazer uma pesquisa de mercado e colocar a mão na massa. Deixar de lado a facilidade, o comodismo, para realmente criar essa conexão com o alimento e fazer disso uma alimentação saudável e com um custo baixo”.
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