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Além de prejudicar o orçamento, fraudes podem desencadear sérios problemas psicológicos nas vítimas, segundo estudo do SPC. Saiba como evitar prejuízos
por Flávia Marques
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
Ao mesmo tempo que proporciona mais praticidade e facilidades à rotina das pessoas, o avanço da tecnologia também trouxe novos riscos ao consumidor. Entre eles estão as fraudes financeiras.
Isso porque, com técnicas de tecnologia mais aprimoradas, as oportunidades e métodos para fraudar também têm se tornado cada vez mais sofisticados. Como consequência, milhões de vítimas têm sérios prejuízos financeiros.
É o que revela a pesquisa divulgada nesta semana pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Segundo o estudo, 46% dos internautas brasileiros já foram vítimas de algum tipo de golpe financeiro nos últimos 12 meses - o que equivale a aproximadamente 12,1 milhões de pessoas.
Para o superintendente da CNDL, Marco Antônio Corradi, é importante que o consumidor fique atento à maneira como utiliza os seus dados para se afastar de transtornos com as fraudes. “Quando disponibilizamos nossas informações em qualquer rede social ou clicamos em e-mails de veracidade duvidosa, por exemplo, não podemos transferir a responsabilidade das fraudes a terceiros”, alerta.
No Brasil, o comércio eletrônico tem crescido de maneira expressiva, e as previsões para o desempenho do setor também são bastante positivas.
Segundo estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, a ABComm, o volume de vendas do comércio eletrônico deve aumentar 16% em relação ao resultado atingido no ano anterior em lojas virtuais de todo o país.
E o crescimento é totalmente justificável: comprar pela internet dá acesso à diversidade de ofertas, preços competitivos e comodidade para fazer aquisições em diversos segmentos sem sair de casa. No entanto, é no ambiente virtual que as maiores fraudes acontecem.
O estudo do SPC/CNDL mostrou que as fraudes financeiras mais sofridas pelo consumidor são o não recebimento de produto comprado (52%) e compra de um produto ou serviço diferente das informações especificadas pelo vendedor (42%).
Além disso, foram mencionadas questões como clonagem de cartão de crédito ou débito (25%), contratação de serviços ou compra indevida de itens usando documentos falsos, perdidos ou roubados da vítima (14%), transações financeiras em conta bancária sem autorização (13%) e pagamento de serviço não realizado (11%).
Entre os que tiveram produtos ou serviços adquiridos em seu nome, usado em documentos falsos, perdidos ou roubados, as ações criminosas mais frequentes foram a contratação de pacotes de internet (29%), TV por assinatura (29%), linha de telefone celular (25%), empréstimo (24%) e crediário (17%).
Em cada dez consumidores que sofreram fraudes financeiras, três tiveram o nome negativado por isso. Mas, além de prejuízos no orçamento, as vítimas também têm consequências emocionais e na saúde.
“Quando enfrentamos situações de dificuldade financeira, é natural que os níveis de estresse e preocupação aumentem”, comenta o superintendente da CNDL. Entre as vítimas, 52% relatam estresse, 24% precisaram ajustar o orçamento para cobrir prejuízos, 23% perderam tempo regularizando a situação na polícia e órgãos competentes e 16% mencionaram a ocorrência de depressão, ansiedade ou outros problemas psicológicos.
Os números revelam que, infelizmente, recuperar os prejuízos de fraudes financeiras não é uma tarefa tão fácil. O levantamento mostrou que mais de um terço dos consumidores não conseguiu recuperar qualquer valor após sofrer algum tipo de fraude.
Por outro lado, seis em cada dez (66%) pessoas que tiveram perdas já recuperaram parte (34%) ou todo o valor perdido (32%).
Muitos são os motivos que atrapalham a solução do problema. O mais mencionado pelos consumidores foi perda de tempo (45%). Em seguida, apareceu a burocracia para provar que estavam com a razão (33%), a perda de dinheiro (30%) e o fato de não saber a quem procurar para resolver a situação (27%).
Para solucionar o problema, a vítima de fraude financeira precisa buscar apoio. “Na maior parte dos casos, quem resolve a situação é o próprio vendedor, quando o cliente entra em contato, ou as operadoras, que avaliam o uso de cartões por terceiros”, explica Marco Antônio Corradi.
Mas, para conseguir sucesso, o consumidor não pode perder tempo. “O ideal é que ele entre em contato com o vendedor ou o representante financeiro logo que perceber o problema”, acrescenta o superintendente da CNDL.
Cerca de 80% dos entrevistados afirmaram que tomaram alguma medida para resolver o problema. As principais decisões foram: procurar o banco ou a administradora do cartão de crédito (25%), negociar com a empresa que causou a fraude para reaver valores ou reparar danos (23%) e recorrer à polícia para gerar boletim de ocorrência (18%).
Alguns cuidados básicos podem ser eficientes na prevenção de fraudes financeiras. Marco Antônio Corradi chamou a atenção para algumas orientações. Confira, a seguir:
Corradi explica que grande parte das fraudes financeiras está relacionada à perda de documentos. “Nesse tipo de situação, muita gente não se preocupa em fazer um boletim de ocorrência, mas a medida é importantíssima e deve ser tomada imediatamente”, orienta. Assim, o consumidor evita impunidades caso os seus pertences sejam utilizados em ações criminosas.
Nas compras virtuais, o consumidor deve verificar se o site do fornecedor é realmente seguro. No final da página, normalmente aparecem selos de certificados segurança que garantem a proteção de seus dados.
Outra maneira de avaliar essa questão é observar o link do site. Domínios que contém o termo “https” são mais seguros.
Em sites como o Reclame Aqui, o consumidor tem acesso à reputação das empresas e reclamações sobre produtos e serviços comercializados. “Fique atento às reclamações mais frequentes e avalie como a marca se posicionou diante da opinião do cliente”, aconselha Marco Antônio.
Na dúvida, conversar com amigos e familiares é uma boa opção. “Pergunte se eles conhecem aquele site e se já fizeram compras por meio dele. Em caso positivo, busque saber como foi a experiência para evitar problemas”, diz o superintendente da CNDL.
Pode parecer absurdo, mas muita gente anota suas senhas e as deixam próximas aos respectivos cartões. “Sem dúvida, esse tipo de descuido deixa o consumidor muito mais vulnerável”, comenta Marco Antônio.
Assim que notar qualquer movimentação financeira estranha, o consumidor deve informar a instituição financeira e, em seguida, registrar um boletim de ocorrência.
Além de avaliar o site, o consumidor pode se atentar a detalhes suspeitos na própria oferta. É interessante, por exemplo, avaliar se o preço praticado está muito abaixo da média do mercado.
“Preços muito baixos exigem atenção dobrada. Nessa situação, o consumidor pode ser fraudado de duas formas: não recebendo a mercadoria ou adquirindo itens roubados, pirateados ou contrabandeados”, alerta o superintendente da CNDL.
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