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Sem um planejamento financeiro, as compras por aplicativo podem consumir grande parte da receita mensal. Confira dicas para utilizar essa facilidade sem deixar de economizar
por Flávia Marques
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
As compras por aplicativo estão entre as grandes vantagens da vida moderna. A cada dia, novos usuários se rendem à praticidade de adquirir produtos e serviços disponíveis na tela do smartphone.
O problema é que poucos se dão conta de que, sem o controle necessário, a comodidade pode acabar atrapalhando o orçamento. Um estudo da plataforma de finanças pessoais Guiabolso, realizado em 2019, mostrou que os consumidores comprometem cerca de 10% da renda com aplicativos de transporte, como Uber, 99 e Cabify. Os gastos com aplicativos de alimentação são ainda maiores: entre os usuários analisados, esse tipo de compra chegou a absorver 13% da receita mensal.
Em março, a quarentena imposta pelo novo coronavírus mexeu com a rotina da população e, claro, gerou impactos nas compras por aplicativo. Da primeira à última semana do mês, mais de 75% dos usuários em todo o país deixaram de utilizar os apps de transporte, por exemplo.
Por outro lado, a demanda por entrega de comida cresceu. O percentual de pessoas que gastaram em aplicativos de delivery de refeições, como iFood e Uber Eats, subiu mais de 50% em quatro semanas. No final do mês, o consumo médio por consumidor passou de 90 reais.
Neste período, especialistas reforçam a importância de analisar as despesas para entender se as mudanças no orçamento são um reflexo natural do cenário ou se a praticidade tem se transformado em inimiga das finanças durante o isolamento social. “Quando se trata de alimentação, por exemplo, algumas pessoas já tinham custos altos com isso antes da quarentena”, comenta Leandro Benincá, educador financeiro da Messem Investimentos. “Compras em restaurante e custo de deslocamento até o local que vende refeição também são custos, e se o que você está gastando na quarentena está dentro do valor que era consumido antes, tudo bem”, orienta.
Para que os aplicativos sejam verdadeiros aliados da rotina e não se transformem em motivadores do superendividamento, é importante tomar certos cuidados. A seguir, listamos algumas orientações que devem ser consideradas. Confira:
Uma das principais vantagens das compras por aplicativo é a possibilidade de cadastrar cartões de débito e crédito e deixar todas as informações sobre os meios de pagamento salvas. Assim, esses dados não precisam ser preenchidos novamente a cada compra, o que torna a experiência de consumo ainda mais prática.
Para facilitar o controle dos gastos, Daniel Nogueira, especialista em finanças da Crowe, orienta os consumidores a não usarem mais de um cartão de crédito para essas compras. “É preciso tomar cuidado pois esse tipo de compra dá uma falsa sensação de que o consumidor não está gastando agora, já que a fatura só chega no futuro”, explica. “Para evitar surpresas, é muito importante registrar os gastos diariamente”, recomenda.
Leia também | 10 gastos invisíveis que corroem o seu orçamento - e como fugir deles
Alguns aplicativos oferecem descontos sempre que um usuário recomenda o serviço para outro consumidor. Geralmente, é possível ativar os cupons por meio do compartilhamento de códigos promocionais.
Verifique se os aplicativos que você mais utiliza também têm esse recurso. Em caso positivo, recomende-os para os amigos mais próximos que também podem se interessar por eles e comece a usufruir das ofertas.
Aproveitar os descontos oferecidos pelos aplicativos é uma boa ideia desde que o consumidor não se sinta motivado a comprar apenas por conta das condições especiais - e não porque realmente precisa de um produto ou serviço.
Depois de cadastrar os seus dados em um aplicativo e fechar a primeira compra, é natural que o usuário passe a receber muitas notificações de ofertas por meio do próprio app ou via SMS. Para aqueles que se sentem mais motivados a consumir nessas situações, o ideal é desativar os alertas e buscar as promoções disponíveis somente quando realmente precisar fazer uma compra.
Nos smartphones, essa opção geralmente fica disponível no menu “configurações/configurar” e, depois, “notificações”. Os aplicativos instalados aparecerão logo em seguida, e aí é só desativar os alertas.
Com o avanço da tecnologia ficou mais fácil comprar mas, também, comparar preços. Use isso a seu favor e lembre-se de sempre avaliar todos os custos da compra ao comparar preços em diferentes aplicativos.
Em alguns casos, o app A pode vender um produto a um preço maior, mas o B oferece entrega grátis, o que torna a aquisição mais barata. Aliás, o valor da entrega merece atenção especial: os aplicativos de compra de supermercado, por exemplo, costumam mostrar produtos de diferentes estabelecimentos e cobrar uma taxa de entrega para cada um. Fique de olho: quando isso acontece, o preço do frete pode ser superior ao dos próprios produtos.
Leia também | Como economizar no supermercado? Confira 10 dicas práticas
Como qualquer outra despesa, os gastos em compras por aplicativo precisam constar no seu planejamento financeiro. Além de deixar o orçamento mais organizado, essa prática é uma forma de garantir que você não irá perder o controle das contas ou usar aplicativos para compras por impulso.
A busca por itens de farmácia também aumentou em compras por aplicativo. Com exceção do período de quarentena que estamos vivendo, quando a recomendação é evitar ao máximo sair de casa, o ideal é dar prioridade para fazer as compras pessoalmente.
Além das taxas de seleção de item e entrega, os aplicativos que disponibilizam produtos farmacêuticos normalmente não mostram todos os itens disponíveis na loja física, o que pode fazer com que o consumidor escolha outro similar mais caro.
Para economizar, tente comprar os remédios e itens de farmácia com antecedência. Assim, quando surgir uma necessidade, você já terá o que precisar. Além dos garantir os medicamentos de rotina, monte um “kit primeiros socorros” para a casa. Produtos como algodão, gaze, esparadrapo, curativos adesivos, termômetro, soros fisiológicos e antissépticos, pomadas para queimaduras e contusões musculares e bolsas para compressa estão entre os itens mais importantes para se ter em casa.
No caso dos aplicativos de carona, é interessante contar com mais de uma opção e comparar os preços oferecidos em todas elas antes de solicitar uma viagem. Isso porque os preços costumam variar de maneira significativa entre as plataformas, especialmente em horários de pico ou em períodos em que há menos motoristas nas ruas - quando os preços costumam ficar ainda maiores.
A posição dos especialistas é unânime: os aplicativos não são vilões das finanças, mas utilizá-los com sabedoria é fundamental para manter o orçamento em equilíbrio.
Há alguns anos, falar sobre compras de mercado por aplicativo, por exemplo, parecia uma realidade distante. Hoje, o serviço faz parte da rotina de muitos consumidores. Para tirar vantagem disso, aproveite as facilidades, mas mantenha um olhar atento sobre cada oferta. “Hoje, já existem diversos aplicativos de finanças além das tradicionais planilhas que podem ajudar o consumidor a manter o controle desses gastos e visualizar quanto do seu orçamento é comprometido com compras online. Verifique o que mais de adequa ao seu perfil”, orienta Daniel Nogueira.
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