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Entender sobre juros simples e composto pode ajudar a organizar sua vida financeira, além de ser útil na hora de fechar um contrato de empréstimo. Entenda a diferença entre eles e descubra como calcular
por Portal Exponencial
Atualizado em 16 de agosto, 2023
Quer saber tudo sobre juros simples e compostos? Então você está no lugar certo. Nesta matéria, você vai entender o que eles são, qual a fórmula e como fazer o cálculo de cada um deles.
Não se preocupe se você ainda não sabe a diferença entre juros simples e compostos, pois essa dúvida é muito comum. Antes de mais nada, é preciso saber que os juros simples e compostos nem sempre são os vilões do seu bolso. Sabendo usá-los, eles poderão ser um grande aliado às suas finanças.
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A palavra juros significa uma quantia de dinheiro a mais aplicada em algumas operações financeiras. Durante a sua vida, você pode tanto pagar, quanto receber juros, depende do tipo de aplicação financeira que é feita.
Ficou confuso? Vamos a exemplos de quando você paga juros e de quando você recebe os juros.
Ao atrasar o pagamento de uma conta são cobrados juros pelo atraso, ou seja, um valor a mais do que inicialmente você pagaria. Essa cobrança a mais é uma espécie de compensação pelo período em que alguém (normalmente a instituição financeira) arcou com o prejuízo do atraso.
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Neste caso, a ideia por trás da cobrança de juros funciona assim: quando a conta não é paga, a empresa que vendeu o produto ou serviço fica duplamente no prejuízo. Primeiro, porque a empresa entregou o produto/serviço, mas não recebeu o valor combinado. Segundo, porque ela perde a chance de levantar um dinheiro a mais, um valor que poderia ter lucrado se tivesse investido o dinheiro que não recebeu.
Agora que tocamos no assunto investimento, fica mais fácil entender as situações em que recebemos juros simples e compostos.
Quando uma pessoa faz um investimento, recebe juros por “emprestar” dinheiro ao banco ou a uma empresa. Nessa situação, os juros também são chamados de rendimentos.
Aqui, a lógica funciona desta forma: você tem um dinheiro parado na poupança. O banco pega emprestado o valor que você depositou para fazer outras transações, enquanto você não precisa do dinheiro — por isso que, na teoria, quanto mais tempo o seu dinheiro fica parado, mais ele rende.
Situação semelhante acontece quando se compra ações de uma empresa na bolsa de valores. Na prática, você está “emprestando” dinheiro para a companhia comprar insumos, contratar mais funcionários etc.
Para cada operação de crédito, empréstimo ou investimento, uma taxa de juros diferente é aplicada. Por exemplo, os juros do rotativo do cartão de crédito são muito diferentes dos juros de um empréstimo com garantia.
Quando se trata de investimentos, os juros pagos a quem coloca seu dinheiro na poupança são absolutamente diferentes dos recebidos por quem investe em uma ação negociada na bolsa.
Agora que você já sabe o que são juros, pode entender melhor a importância do conceito de juros simples e composto e a diferença entre os dois tipos.
Sabendo o que é juros, agora conseguimos entender melhor o porquê de algumas transações financeiras usarem juros simples e outras usarem juros compostos.
De modo geral, os juros simples são calculados de acordo com o valor total da operação e são mais comuns nas transações diárias. Já os juros compostos, também chamado de juros sobre juros, são calculados sobre o valor total da operação + o valor do juros simples, e são comuns em investimentos de longo prazo.
Vamos ver com mais detalhes cada um deles e entender como cada cálculo é feito.
Os juros simples estão mais presentes nas transações financeiras do dia a dia. Ele é usado, por exemplo, no cartão de crédito, em financiamentos e em alguns tipos de empréstimos.
Ao contrário do “irmão” juros compostos, o valor dos juros simples nunca muda durante uma operação. Assim, se você assinou um contrato com determinada porcentagem de juros, pagará ou receberá esse valor até o final do contrato.
Vejamos um exemplo:
Você tem R$ 1000 para guardar para o futuro, um dinheiro que você não pretende mexer nos próximos meses. Para fazer esse valor crescer, você escolhe uma aplicação com taxa de juros simples de 5% ao mês, o que faz com que, todos os meses, tenha um rendimento de R$ 50. Assim, a partir do primeiro mês você terá R$ 1050 na conta. No segundo mês, R$ 1100, e por aí vai.
Os juros funcionam como fermento na hora de fazer pão, aumentando o tamanho da massa (no caso, do seu dinheiro) e crescendo a quantidade de pãezinhos.
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Caso você tenha familiaridade com a matemática, é possível aplicar uma fórmula de juros simples não muito complexa para calcular seu valor final.
Veja a fórmula para você calcular e saber quanto você pagará de juros simples em uma operação:
Pra ficar fácil de fazer o cálculo, troque as letras pelos respectivos números:
Ao fim das contas de multiplicação e de divisão você saberá o valor do J, ou seja, o quanto você pagará de juros nessa transação. Isso te ajudará a saber o valor total que você vai pagar em um empréstimo, por exemplo.
Veja um exemplo de um empréstimo de R$ 900 para ser quitado em seis meses a uma taxa de juros simples de 5% ao mês:
Isso significa que ao final de seis meses o valor total gasto com o empréstimo será de R$ 1170 (R$ 900 do capital emprestado + R$ 270 dos juros).
A diferença mais relevante entre os juros simples e composto é o tempo. Nas operações financeiras baseadas em juros simples o tempo não é muito importante, já que o valor final pago será o mesmo, independentemente do prazo.
Já quando os juros compostos são aplicados na transação, o prazo faz toda a diferença, porque quanto maior o tempo para quitação de um empréstimo, mais juros serão pagos, já que a taxa é calculada em cima do acumulado da dívida.
Neste caso, os juros compostos são um excelente aliado em investimentos a longo prazo. Vejamos a seguir como fazer a conta:
Para quem curte matemática, existe uma fórmula de juros compostos que simplifica calcular seu valor.
O cálculo dos juros compostos é um pouco mais complicado que o dos juros simples. Caso você fique confuso com as letras, não se preocupe, também fizemos um glossário logo em seguida pra te ajudar.
Veja um exemplo de um um financiamento de R$ 50.000 (C) para pagar em dois anos (T) a uma taxa anual de 12% (I):
Ou seja, ao final de 24 meses você terá pago os R$ 50 mil que pegou emprestado + R$ 12.720 de juros.
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Os contratos de empréstimo geralmente trabalham com juros compostos. Trata-se de juros cobrados sobre juros.
Os juros simples também podem ser utilizados em operações de empréstimo, geralmente quando o prazo é mais curto. Contudo, poucas são as operações que optam pelo regime de juros simples. Atualmente, o sistema financeiro utiliza mais os juros compostos.
Portanto, se você solicitar um empréstimo no banco ou com alguma instituição financeira, provavelmente pagará juros compostos. Ainda assim, existem modalidades de empréstimo com juros baixos, como as que você deixa um bem como garantia: o refinanciamento de imóveis, refinanciamento de veículos e o empréstimo consignado estão entre as modalidades mais comuns.
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É possível estimar o valor e o número de parcelas para o seu crédito em diferentes modalidades utilizando o simulador de empréstimo logo abaixo. Basta colocar o valor que você deseja receber emprestado, mais o número de meses para pagar.
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