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Empréstimo: como escolher a melhor opção

por Portal Exponencial

Atualizado em 20 de outubro, 2020

Empréstimo: como escolher a melhor opção

Existem muitos tipos de empréstimo e escolher o melhor não costuma ser uma tarefa simples. Cada um atende às necessidades diferentes e, em razão disso, as condições podem mudar muito. Outro fator que dificulta a tomada de decisão é a forma com que as instituições financeiras tradicionais oferecem as modalidades de crédito aos seus clientes.

As informações nem sempre são muito claras e ficamos perdidos entre tanta burocracia, taxas extras, cálculos complexos e contratos cheios de palavras miúdas. Mas isso não deveria ser assim. Afinal, o empréstimo tem que ser uma alternativa para solucionar os seus problemas financeiros ao invés de criar um problema maior.

Escolher adequadamente é muito importante para evitar contratempos e para fazer uma boa economia. Por isso, preparamos um material completo explicando as principais modalidades de crédito para pessoa física e as diferenças entre cada uma delas.

Principais tipos de empréstimo

  • Empréstimo Pessoal
  • Empréstimo Consignado
  • Empréstimo com garantia
  • Cartão de Crédito
  • Cheque Especial
  • Consórcio

Antes de nos aprofundarmos em cada um dessas modalidades, precisamos entender algumas questões muito importantes que vão te ajudar na hora de escolher o melhor empréstimo.

Essas questões são:

  • O que é empréstimo
  • O que é análise de crédito
  • Onde conseguir um empréstimo
  • Cuidados para ter antes de contratar um empréstimo
  • Diferença entre empréstimo e financiamento

O que é um empréstimo

Empréstimos financeiros são contratos que determinam prazos e condições de pagamento de um cliente para uma instituição que concede uma certa quantia de dinheiro. Em troca, a instituição recolhe juros para cobrir o custo da operação e para obter ganhos.

Os empréstimos podem ter várias finalidades. Podem ser solicitados para pagar dívidas, investir em um negócio, estudar, viajar, reformar ou adquirir bens caros como imóveis e carros.

 

O que é análise de crédito

As instituições financeiras que oferecem empréstimos precisam ter alguns cuidados para garantir a sustentabilidade do negócio. A principal variável é o risco de calote. Veja que, se todos os clientes deixarem de pagar as parcelas, a empresa teria prejuízo.

Para evitar esse cenário, avalia-se o perfil do cliente e o histórico de pagamentos. As instituições querem saber se o CPF está negativado ou se o cliente tem contas atrasadas. Ou seja, querem saber se a operação é segura e se o cliente tem condições de honrar com o contrato de empréstimo. Este processo é chamado de análise de crédito.

A proposta e as condições de pagamento do empréstimo são elaboradas a partir dos dados coletados na análise de crédito. Clientes com bom histórico conseguem juros mais baixos e prazos maiores.

 

Onde conseguir um empréstimo

Tradicionalmente, os empréstimos são concedidos em bancos ou financeiras, mas nos últimos anos o mercado se modernizou e novas instituições começaram a operar. Por exemplo, as fintechs são empresas que utilizam a tecnologia e a inovação para melhorar os produtos e os serviços financeiros. A Creditas é uma fintech que desenvolveu uma plataforma digital especializada em empréstimos com garantia.

Solicitar um empréstimo online tem muitas vantagens. Além de ter acesso às modalidades com os menores juros e prazos maiores, o processo é muito mais prático. Você não precisa sair de casa e se deslocar até à agência bancária. É possível fazer a simulação e a solicitação pela internet.

 

Cuidados para ter antes de contratar um empréstimo

Contratar um empréstimo significa comprometer a sua renda por um determinado tempo. Portanto, antes de qualquer coisa, analise a sua situação financeira. Veja onde pode economizar e quais são os gastos fixos que não pode cortar.

Faça um planejamento e não defina a parcela do empréstimo sem ter certeza de que poderá pagar esse valor todo mês até o fim do contrato. Caso contrário, você corre o risco de criar uma dívida maior. Nunca aceite uma parcela que vai comprometer mais de 30% da sua renda mensal.

>> Leia também: Entenda o que acontece se não pagar

O passo seguinte consiste em fazer pesquisa de mercado. Consulte taxas e condições de pagamento em várias instituições. Pode ser em bancos, financeiras e fintechs.

Não olhe apenas para os juros. Peça que a instituição financeira informe o CET (Custo Efetivo Total) do empréstimo. Isto é, o valor que corresponde a soma de todos os encargos, juros e despesas envolvidas na operação. Só assim você vai saber de fato qual é o valor total que vai pagar.

>> Leia também: Veja aqui como calcular o CET

Por fim, leia o contrato com atenção antes de assinar. Tenha certeza das condições e multas em caso de imprevistos ou atrasos.

 

Diferença entre empréstimo e financiamento

Para muitas pessoas, empréstimo e financiamento podem parecer sinônimos. Entretanto, essas palavras têm significados diferentes e é muito importante entender as diferenças para começar o seu processo de escolha.

O financiamento é uma linha de crédito direcionada para a compra de um bem específico, como um imóvel, veículo ou estudos. Nesse caso, o cliente tem que utilizar os recursos do financiamento para o fim que ele solicitou. Geralmente, são bens muito caros e o cliente precisa parcelar em prazos muito longos. Devido a isso, a análise de crédito é rigorosa e cautelosa. Por outro lado, os juros são mais baixos.

Já o empréstimo é uma linha de crédito livre. Isto é, o cliente pode utilizar o dinheiro da forma que preferir. Na maioria dos casos, os empréstimos são liberados rapidamente porque contam com uma análise de crédito mais simples. Por causa disso, a instituição financeira corre mais riscos de calote e cobra juros altos para se prevenir das possíveis perdas.

 

Principais modalidades de empréstimos e financiamentos:

Na busca pelo melhor empréstimo é natural que as pessoas comecem comparando as taxas de juros. Com certeza esse é um dos fatores mais relevantes na hora da contratação. Veja só como os juros podem variar entre os principais tipos de empréstimos.

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Conforme explicamos no início do texto, outras variáveis precisam ser consideradas. Como o CET, prazos e o valor da parcela. Existem muitas modalidades de crédito. Cada uma com diferentes condições e perfis.

Preparamos um material explicando as principais linhas de crédito para pessoa física e as diferenças entre cada uma delas.

 

Consignado

O consignado também é conhecido como empréstimo com desconto em folha, porque a parcela é descontada automaticamente da sua fonte de renda - pode ser no salário ou na aposentadoria.

Esta modalidade de crédito é vantajosa para aposentados e servidores públicos, pois conseguem as taxas mais baixas do mercado financeiro. Em média, entre 26% e 28% ao ano. Em alguns casos, funcionários do setor privado que trabalham com carteira assinada, também conseguem empréstimos consignados. Mas, para isso, é necessário que o empregador tenha um convênio com o banco.

Nesse caso, os juros para trabalhador do setor privado são um pouco mais caros que os juros concedidos aos aposentados e servidores públicos. A taxa média é de 43% ano ano. Diante disso, vale a pena comparar com outras linhas de crédito. Por exemplo, o empréstimo com garantia. Ainda assim, compensam se comparados com o cartão de crédito, o cheque especial e o empréstimo pessoal.

Quem opta por um empréstimo consignado deve revisar o orçamento familiar e reduzir os gastos. Não pode esquecer que a parcela é descontada automaticamente do salário ou da aposentadoria. Isso significa que o mês começará com parte da renda comprometida.

 

Empréstimo com garantia

O empréstimo com garantia é popular em países desenvolvidos como os EUA. No Brasil, essa linha é pouco ofertada pelos grandes bancos. Apesar disso, vem crescendo nos últimos anos porque é uma das modalidades mais baratas do mercado.

Isso é possível porque o cliente coloca um bem como garantia. Dessa forma, indica que é um bom pagador e a instituição avalia que o risco de inadimplência é pequeno. Então, não há necessidade de elevar os juros para cobrir um possível calote.

Por isso, os juros são significativamente inferiores aos do empréstimo pessoal, do cheque especial e do cartão de crédito. Para ter uma ideia, a taxa média do empréstimo com garantia de veículos é de 29,08% ao ano e do empréstimo com garantia de imóveis é de 14,71% ao ano.

Como explicamos, o risco de calote é o que determina as taxas de juros e as condições do empréstimo. O imóvel é mais valioso e não está sujeito a depreciação. Portanto, o cliente que coloca um imóvel como garantia pode conseguir juros menores, prazos maiores e um montante maior do que se colocasse um veículo como garantia.

Contudo, a análise de crédito do empréstimo com garantia de imóvel é um pouco mais demorada. O prazo para o dinheiro cair na conta varia entre 4 e 8 semanas. No empréstimo com veículo em garantia, o prazo é de 2 a 5 dias após a solicitação.

Como o imóvel tem menor liquidez, a instituição faz uma vistoria para assegurar que possui uma boa garantia. Além disso, o cliente emite documentos em instituições sem processos automatizados.

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Esse empréstimo também é nomeado de outras formas. Quando a garantia é um imóvel, é chamado de home equity ou alienação fiduciária, e quando é um carro, pode ser auto equity ou refinanciamento de veículo.

 

Empréstimo pessoal

Trata-se de uma modalidade de crédito livre, ou seja, o cliente utiliza o dinheiro da forma que quiser. O empréstimo pessoal é simples. Se aprovado, o banco costuma liberar o saldo em aproximadamente 24 horas. O cliente pode definir a quantidade de parcelas e a data de vencimento.

Para contratar esta modalidade de crédito, não é necessário apresentar nenhuma garantia. A proposta é feita apenas com base na análise de crédito e o histórico bancário do cliente. Logo, os juros do empréstimo pessoal são muito altos. Em média, podem chegar a 129% ao ano.

Existem linhas de crédito muito mais baratas. Por exemplo, o consignado e o empréstimo com garantia. Portanto, o empréstimo pessoal é um recurso para ser utilizado por pessoas que não conseguiram ser aprovadas nessas modalidades ou em casos de extrema emergência. Só vale a pena se for para fugir dos juros do cartão de crédito e cheque especial.

 

Cartão de crédito

É conhecido como um meio de pagamento eletrônico, mas também é uma modalidade de empréstimo. Na prática, o titular que compra com cartão de crédito está adquirindo um objeto ou serviço que só pagará depois do vencimento da fatura, contabilizando todos os gastos realizados no mês. No ato, a compra é paga à vista pela instituição financeira.

Antes de emitir o cartão, a instituição faz uma avaliação de crédito do cliente e libera um limite para consumo que fica pré aprovado. Porém, a principal vantagem do cartão de crédito também é a principal armadilha, pois dá ao consumidor a falsa impressão de poder de compra.

Muitas vezes os gastos vão se acumulando durante o mês e no fechamento da fatura o cliente não consegue pagar o valor total até o vencimento. Nesses casos, o cliente pode evitar a inadimplência se pagar, pelo menos, o valor mínimo, que geralmente corresponde a 15% da dívida. O valor restante é lançado na próxima fatura e corrigido com juros.

Optar por essa operação significa entrar no rotativo e pagar as taxas de juros mais altas do mercado financeiro. Para se ter uma ideia, em 2016, os juros do rotativo bateram o recorde histórico e chegaram a 497,7% ao ano.

Só é possível usar o rotativo por 30 dias, no máximo. Depois desse período, o titular deve pagar o valor integral da dívida ou pode parcelar com juros menores aos do rotativo. Em abril, a taxa média de juros cobrada no parcelado foi de 151% ao ano.

Entretanto, vale lembrar que, em alguns casos, a taxa do parcelamento perde para outras modalidades de crédito como o empréstimo com garantia e o consignado. Entenda mais sobre isso aqui.

Tarifas básicas do cartão de crédito

Outro ponto importante para considerar antes de contratar um cartão de crédito são as tarifas cobradas pela prestação de alguns serviços. O Banco Central, por meio da Resolução CMN 3.919/2010, definiu cinco tarifas básicas que as instituições financeiras podem cobrar no uso do cartão de crédito:

  • Anuidade ou taxa de manutenção: é cobrada uma vez por ano e banca os custos do cartão. Cada instituição define o valor. Portanto, vale a pena comparar preços e negociar condições de parcelamento.
  • Saque: o cliente pode utilizar o cartão para sacar dinheiro em espécie em canais de atendimento. Diferentemente do saque com cartão de débito, o dinheiro não é retirado de uma conta corrente e, por isso, o saque é considerado um tipo de empréstimo. Sendo assim, a instituição pode cobrar juros pela operação até o pagamento da fatura. Além disso, há cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
  • Segunda via do cartão: em caso de perda, roubo ou furto é cobrada uma tarifa para a confecção e emissão de um novo cartão.
  • Avaliação emergencial de crédito: cobrada quando o cliente ultrapassa o limite e precisa aumentar a margem.
  • Pagamento de contas: tarifa cobrada quando o cliente utiliza o cartão para pagar boletos de cobranças como água, luz, tributos etc.

 

Cheque especial

O cheque especial é uma modalidade de crédito para ser utilizada em casos de emergência. No entanto, é comum que os endividados o utilizem como se fosse parte da renda mensal. Isso acontece porque é um crédito extremamente acessível.

Funciona assim: o banco libera na conta do correntista um saldo pré-aprovado para utilizar a qualquer momento e sem ter que passar na agência ou pedir autorização para o gerente. Em alguns casos, os bancos somam o valor aprovado ao seu saldo, dando a impressão de que temos mais dinheiro da conta e de que o cheque especial faz parte do salário ou fonte de renda.

Apesar de estar disponível constantemente na conta corrente, no cheque especial só se paga juros em caso de uso. Algumas instituições oferecem dez dias para utilizar o limite sem cobrar.

Quando o cliente utiliza o cheque especial, o saldo da conta corrente consta como negativo. Para pagar a dívida basta fazer um depósito nessa conta. É importante ressaltar que pode ser qualquer depósito. Se a conta estiver negativa, o banco vai descontar diretamente do salário.

O cheque especial é uma das modalidades de crédito mais caras. A taxa média de juros é de 328% ao ano. Perde apenas para o cartão de crédito. Como o banco libera o saldo sem nenhuma garantia ou prazo mínimo para recebimento, o risco de inadimplência é alto. Por isso, as taxas sobem para cobrir eventuais perdas.

 

Consórcio

O consórcio é uma forma relativamente barata de adquirir um imóvel ou veículo, mas só é recomendada quando o comprador não tem pressa para usufruir do bem. Acontece que se começa a pagar as prestações antes de ter as chaves em mãos.

No consórcio, formam-se grupos de pessoas interessadas. Cada uma delas vai pagando mensalmente as prestações. Frequentemente, são realizados sorteios para contemplar alguns dos integrantes até que em um determinado prazo todos consigam adquirir os seus bens.

Os sorteios são realizados quando o montante dos depósitos feitos no grupo atingem o valor que poderia comprar pelo menos um bem. Por exemplo, um consórcio de veículos composto por 50 pessoas que depositam mensalmente R$ 600 pode emitir uma carta de crédito de R$ 30 mil logo no primeiro mês. Com esse valor, mais ou menos, é possível fazer o sorteio para a compra de um carro popular.

 

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