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Ecossistema de fintechs brasileiro deu nova dinâmica na oferta de serviços financeiros e oxigenou setor de crédito. Entenda
por Vinicius Gonçalves
Atualizado em 1 de junho, 2023
A indústria financeira brasileira passou por uma verdadeira transformação em sua estrutura nos últimos cinco anos. Na contramão de instituições financeiras tradicionais, as fintechs - empresas que oferecem serviços financeiros por meios tecnológicos - passaram a democratizar o setor. Mais que isso: caminham para o match perfeito entre tecnologia e prestação de serviços financeiros, melhorando a relação e comunicação com o consumidor.
“As fintechs conseguiram democratizar o atendimento ao cliente. Com uso eficiente da tecnologia, elas conseguem personalizar demandas e entender melhor as dores do seu consumidor”, diz Bruno Diniz, professor do curso de fintechs da FGV.
Em ascensão desde 2013, o ecossistema de fintechs no Brasil conta, atualmente, com cerca de 550 fintechs, segundo análise do estudo Fintech Mining Report 2019, feito pela consultoria de negócios e inovação Distrito. Apenas entre 2016 e 2018, nasceram 231 novas empresas no setor, quando o cenário ficou mais robusto e passou a evoluir rapidamente.
Ainda de acordo com o estudo, elas estão divididas pelos seguintes segmentos: meios de pagamento, com 114 empresas, algo como 20,73% do mercado. Na sequência, aparecem as fintechs de crédito, com 85 empresas - que representam 15,46%. A terceira posição ficou com as fintechs de backoffice, especializadas em gestão financeira, contabilidade, entre outros, com 66 empreendimentos e cerca de 13% desse mercado.
Entre as principais frentes de atuação no setor, as fintechs de crédito têm papel relevante para a mudança do panorama brasileiro. A expansão de empresas no segmento têm ajudado a democratizar o empréstimo e, de quebra, trazer mais qualidade de crédito ao consumidor.
Para Ailtom Nascimento, vice-presidente executivo da Stefanini, o cenário brasileiro só tem a ganhar com a entrada de cada vez mais empresas no setor. Isso porque elas conseguem oferecer crédito com linhas de juros muito abaixo às praticadas pelo mercado financeiro habitualmente.
"A qualidade do crédito é um assunto sério. O crescimento das fintechs é saudável para que uma nova mentalidade aconteça no mercado financeiro como um todo”, diz Nascimento. “Além disso, não existe a necessidade de criar uma rivalidade com os bancos, por exemplo. Todos possuem sua importância”, complementa.
Com estruturas focadas em inovação e no mundo digital, as fintechs de crédito se destacam por oferecer juros que podem ser até 60% mais baixos aos oferecidos pelos bancos tradicionais. E um dos principais motivos para o “barateamento” das taxas é justamente pelo seu menor custo de operação. Por não depender de pontos físicos, como agências, o custo de operação das fintechs é mais baixo. Além disso, ela se apoia a recursos tecnológicos para solucionar o mercado.
“No Brasil, a importância do cenário de fintechs está além da inovação. Está no aumento da concorrência e na mudança da imagem das empresas financeiras”, explica André Buchaim, co-founder e COO/CFO da Adianta, fintech focada em adiantamento de recebíveis para PMEs.
E os impactos dessa transformação já são visíveis no cenário do crédito. Embora os cinco maiores bancos do Brasil – Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander -, correspondem a quase 85% do mercado de crédito no país, o total de empréstimo concedido pelas fintechs vem aumentando exponencialmente.
Dados da Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) mostram que o volume de crédito fornecidos pelas fintechs crescem 300% anualmente desde 2016.
Os juros mais baixos em relação aos demais players do mercado se tornaram uma das principais bandeiras das fintechs de crédito. Enquanto as taxas do cheque especial e crédito rotativo do cartão de crédito chegam a 320% e 298% anualmente, as fintechs contribuíram para a democratização do crédito e cobram taxas mais acessíveis à realidade do usuário. Um empréstimo com garantia em imóvel, por exemplo, tem juros que podem ser de até 13,08% + IPCA.
Para Fabio Zveibil, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Creditas, a ascensão de fintechs de crédito possui um papel que contribui para uma mudança de cultura em relação a esse tipo de serviço.
“Com um crédito de mais qualidade no mercado, as pessoas sonham melhor. Acredito que existe uma mudança significativa do brasileiro sobre ver o crédito como uma oportunidade de conquistas, não apenas para superar um momento de dificuldade”, diz.
Exemplo prático de como as fintechs têm movimentado e ampliado o setor de crédito é o Nubank. Com cerca de 10 milhões de clientes, a empresa digital passou a expandir seu portfólio de produtos e atuação no mercado. Para crescer, a marca lançou, em fevereiro de 2019, a modalidade de empréstimo pessoal.
Assim como os outros negócios oferecidos pela empresa, o empréstimo pessoal do Nubank é concedido totalmente online. Uma das novidades que a companhia trouxe ao mercado é a possibilidade do cliente realizar toda a operação por meio do aparelho celular.
Além disso, a simulação do crédito é feita em tempo real: o usuário indica o montante que precisa, escolhe o número de parcelas e checa, na hora, os juros e valor total que irá pagar por mês.
Outra facilidade que a fintech trouxe aos consumidores é o prazo de pagamento: a primeira parcela do empréstimo pode ser quitada em 90 dias – e o total deve ser quitado em até 24 meses. Já a taxa de juros e o valor mensal de cada parcela será definida de acordo com o pedido de cada usuário.
Outra fintech atenta ao movimento de qualificação do crédito no país é a Creditas. Fundada pelo espanhol Sergio Furio como BankFacil em 2012, a Creditas nasceu com o propósito de reduzir as taxas de juros do empréstimo no Brasil; reestruturar o endividamento e inadimplência das famílias; e ajudar brasileiros a realizarem seus projetos de vida, oferecendo juros de empréstimo a taxas mais acessíveis.
Atualmente, está consolidada como a principal plataforma de empréstimo online do Brasil: já recebeu mais de dois milhões de solicitações de empréstimos, segundo dados da própria companhia.
Entre 2018 e 2019, a o volume de crédito solicitado mais que dobrou - mais de 60 bilhões de reais em créditos solicitados. Ainda de acordo com a companhia, o aumento foi de 133,8% para empréstimos com imóveis como garantia e de 95,8% para o segmento auto.
Tal acréscimo na solicitação de crédito tem um porquê: a fintech oferece as menores taxas do mercado - na modalidade home, por exemplo, a taxa inicia a partir de 1,09% a.m + IPCA -, assim como prazos maiores de pagamento e atendimento mais humanizado ao consumidor.
Com a expansão da empresa - e o recente aporte de 231 milhões de dólares, liderado por SoftBank Vision Fund e SoftBank Group Corp -, a Creditas oferecerá, também, novos produtos aos consumidores.
“A tendência é aumentarmos o portfólio de produtos. Já estamos estruturando o lançamento do crédito consignado e, também, o financiamento de veículos e imóveis”, explica Fabio Zveibil, VP de desenvolvimento de negócios da Creditas.
O executivo ainda acrescenta que a chegada de novos produtos no portfólio da empresa favorece a criação de vínculos mais duradouros com os usuários. Isso porque, o contato com o cliente será fortalecido e maior. Não apenas no momento em que o crédito é concedido, mas de forma consistente e gradual.
“Aumentar esse nível de envolvimento vai fazer com que a Creditas seja a primeira opção que ele vai ter diante de uma nova demanda financeira e se fortaleça ainda mais no mercado de crédito", diz Zveibil.
A expansão e alteração no mercado de crédito já tem surtido efeito para os consumidores: clientes que utilizam serviços oferecidos por fintechs são mais felizes em comparação com os que continuam a ser atendidos por bancos tradicionais.
Os dados são da pesquisa realizada pelo Google com 800 consumidores on-line no final de 2018 e buscou compreender a relação entre eles e a nova geração de fintechs. De acordo com a análise, 71% dos consumidores estão satisfeitos com o atendimento das fintechs. Quando a pergunta é direcionada ao relacionamento com os bancos tradicionais, o número cai para 42%.
Para Bruno Diniz, a chave do sucesso das fintechs com seus clientes reside no entendimento perfeito da demanda dos clientes, enquanto os bancos ainda focam apenas em produtos bem estruturados.
“Existe uma obsessão dessa empresas pelo entendimento da necessidade do cliente. O principal impacto positivo desse novo mercado é a fluidez dessas demandas,” explica.
O levantamento também mostrou que 34,6% dos entrevistados não estão dispostos a mudar de provedor de serviços financeiros. Para Ailtom Nascimento, da Stefanini, também existe um fator importante de implantação de uma nova cultura digital.
“Os clientes estão satisfeitos porque também existe uma modernização do pensamento, isso é, porque ainda preciso ir em uma agência bancária? Resolver tudo na ponta dos dedos é fundamental e as fintechs de crédito entregam esse serviço rápido com menores taxas”, conclui.
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