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Indicador da CNDL/SPC Brasil registrou recorde na série histórica e traz boas expectativas para o micro e pequeno empresário. Veja como aproveitar o bom momento
por Thiago Fadini
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
Ao se mudarem para o bairro Residencial Jasmim, em Itaquaquecetuba, na Região Metropolitana de São Paulo, o casal microempreendedor Fernanda Ferreira, 38 anos, e Odilon Mariano, 37 anos, se deparou logo de cara com um problema: não havia supermercado, mercadinho ou mercearia. O centro comercial mais próximo ficava a menos de 10 minutos de carro e 25 minutos a pé. Mas o que em janeiro de 2018 era uma dificuldade para os moradores da região, se tornou uma oportunidade de negócios ao casal.
A veia empreendedora de Fernanda, que é comerciante de roupas sociais há cerca de 10 anos, começou a pulsar mais forte no segundo semestre. Empurrada pela confiança e melhoria do cenário econômico, veio a ideia de reformar o salão da família, que fica no mesmo terreno da residência e que já havia sido um bar meses antes, para abrir uma mercearia e atender a população do bairro.
“A gente vende um pouco de coisa que tem no mercado, um leite condensado, uma massa de bolo, uma massa de tomate, um macarrão. Aí no final de semana a gente faz feijoada, baião de dois, marmitex de churrasco”, conta Fernanda.
O desejo do casal de abrir um novo negócio e se tornar microempreendedor novamente virou atitude e, em outubro do mesmo ano, Fernanda foi buscar crédito para a reforma do espaço e compra das mercadorias. Após inúmeras pesquisas, Fernanda optou pela modalidade de empréstimo online com garantia, já que o casal possui um veículo. “Encontrei a Creditas por meio de um anúncio online”, diz a microempresária. “Fiquei até com medo porque pela internet você não pode confiar muito nas coisas. Mas falei para o meu marido que era uma oportunidade de abrir o comércio, comprar o freezer e as mercadorias e aí deu certo”.
Quase quatro meses após a abertura da mercearia, Fernanda e Odilon já pensam em expandir o negócio e contratar um funcionário para auxiliar nas vendas. No momento, porém, a preocupação está em fidelizar a clientela. “A gente fica pensando no que fazer para aumentar. É uma responsabilidade muito grande, temos que fazer um negócio para agradar os clientes e eles voltarem a comprar com a gente. Temos que trabalhar com coisas de qualidade”, afirma Fernanda.
Microempreendedor: tendência de crescimento
O caso de Fernanda ilustra o bom ambiente vivido pelo microempreendedor e pequenos empresários brasileiros. O indicador de confiança da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Sistema de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) atingiu 65,7 pontos em janeiro deste ano. A marca é a maior desde maio de 2015, início da série histórica. Comparada ao mesmo mês de 2018, a alta é de 20,2%. Em relação a dezembro do ano passado, o crescimento é de 3,9%.
Se durante o período de recessão econômica o número de pequenas empresas abertas teve um boom pelo chamado “empreendedorismo por necessidade” - relacionado, principalmente, pelo alto índice de desemprego -, com o otimismo do momento, a situação dos novos empresários é outra. Mauricio Godói, professor da Escola de Negócios da Saint Paul, credita o cenário otimista do microempreendedor à aposta das grandes empresas e do mercado financeiro nas políticas e na nova equipe econômica.
“A gente tem o ajuste fiscal, as contas públicas fechando em condições mais saudáveis. Isso traz para o segmento dos grandes empresários uma expectativa bem melhor. A gente vai ter maior circulação de recursos, reaquecendo o pequeno e médio empresário”, afirma.
Na análise da coordenadora do Business HUB da Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP), Alessandra Andrade, o índice de confiança do empresariado aumentou em paralelo ao do consumidor, criando um ambiente positivo para ambos os lados. O indicador mensal da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, atingiu 96,6 pontos em uma escala de 0 até 200, maior nível desde fevereiro de 2014, quando a marca chegou a 97,3 pontos. A alta foi a quarta seguida. Em relação a dezembro de 2018, o crescimento de 3,6 pontos. Em fevereiro, o indicador fechou em leve queda de 0,5%.
“Antes a pessoa não consumia, porque mesmo que ela tivesse um excesso do capital, ela retia esse excedente para se preparar para uma eventualidade como perder o emprego ou um cliente importante. Quando você aumenta o índice de percepção da população de uma maneira geral, você alimenta toda a roda”.
Saiba como aproveitar o momento
E então, o que fazer para surfar a onda do ambiente propício às empresas? Para os especialistas, existem dois caminhos: acertar as contas para se estabilizar e buscar maneiras responsáveis e estratégias para expandir e/ou abrir o negócio.
O primeiro quesito é a mais recomendada de imediato para uma parcela considerável de microempreendedores, já que os últimos 4 anos foram difíceis, somado pela recessão econômica e pela queda de confiança do consumidor. “Agora é momento de arrumar a casa, aí a gente pode voltar a crescer. Sempre que a gente tem alguma dívida, estamos pagando juros e eles não são baixos, então você está deixando de ter lucro para pagar dívida”, afirma Alessandra Andrade, da FAAP.
Caso esteja mal endividado, o microempreendedor pode trocar a dívida cara por uma mais em conta, mesmo que ele leve mais tempo para pagar. “Aí quem vem a importância de todas as outras financeiras (menores), as cooperativas e fintechs de crédito. Elas passam ser mais procuradas pelos clientes que procuram a fidelidade da empresa com ele. Eles procuram outras alternativas”, reforça Mauricio Godói, da Saint Paul.
Já a expansão e/ou abertura do negócio pode ser feita por meio de uma tomada de crédito responsável - com juros menores e prazo maior para pagar o empréstimo.
Nesse momento, porém, Alessandra reafirma a importância de checar a procedência da instituição, se o crédito será realmente necessário e se a empresa que disponibilizará o empréstimo realmente oferecem boas condições. “[Nesse contexto] As fintechs entram num momento importante, de forma agressiva e sem burocracia, facilitando esse crédito”, complementa Alessandra Andrade.
A especialista também recomenda organização e atenção do microempreendedor. Ou seja: fuja da tentação e nunca misture as finanças pessoais com as do próprio negócio. O mau planejamento da verba pode culminar na falência do negócio.
“É importante que o microempreendedor faça a conta para saber se o investimento que ele irá fazer vai trazer resultados suficientes para que ele consiga arcar com essa dívida e que ele tenha um fluxo de caixa para o pagamento desse empréstimo”.
Educação financeira também faz parte do negócio
E se a educação e o planejamento financeiro for algo negligenciado pelo empreendedor, a especialista Alessandra Andrade dá a dica: procurar por entidades como o Sebrae, por exemplo. “É um serviço para educar e ajudar os microempreendedores, oferecendo uma série de coisas gratuitas de como cuidar melhor dessa parte de retaguarda”, explica.
Para abrir e/ou gerenciar um negócio, é necessário que o empreendedor entenda o mercado, tenha estratégias de marketing, fluxo de caixa controlado e muita criatividade para gerar inovação.
No caso de um planejamento de um novo negócio, o microempreendedor deve ter algumas regras básicas em mente, como saber qual negócio abrir; verificar se a pessoa tem o perfil; reunir informações básicas do negócio, organizar todas as informações, buscar crédito para investimento e colocar a mão na massa.
Já para expandir o empreendimento, é importante analisar se o retorno com o crédito tomado será expressivo a ponto de poder sustentar o pagamento da dívida, sem afetar a saúde financeira do negócio. “Se for pegar um crédito é importante que ele (empreendedor) faça a conta e perceba que o investimento que ele irá fazer trará resultados suficientes para que ele consiga arcar com essa dívida e que tenha um fluxo de caixa para o pagamento”, pondera Alessandra Andrade.
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