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Plataformas que devolvem parte do dinheiro investido em consumo são alternativas para diminuir os gastos. Entenda como funciona esse modelo
por Portal Exponencial
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
Você sabe o que é cashback? As compras em comércio eletrônico seguem crescendo no mundo todo, mas grande parte dos consumidores ainda não sabe que é possível receber de volta uma porcentagem do dinheiro gasto a cada compra na internet.
Essa é a ideia do modelo conhecido como “cashback”, que traduzido significa “dinheiro de volta”. Na prática, ele é adotado por empresas que atuam como intermediárias entre o consumidor e lojas virtuais de diferentes setores. Mas vamos explicar melhor esse conceito a seguir:
O modelo do cashback é bem parecido com os programas de milhagem, que são mais conhecidos. A diferença é que, em vez de colecionar milhas, o consumidor recebe em dinheiro uma parte do valor gasto em compras e pode usar o montante como preferir.
Para aproveitar esse benefício, basta se cadastrar em uma plataforma que trabalhe com o sistema. Então, ao fazer compras, o consumidor passa a acumular dinheiro em uma conta virtual.
O valor recebido de volta pode variar bastante de acordo com os preços e a porcentagem de cashback oferecida pela loja. Normalmente, é possível resgatar entre 1% e 50% do valor total da compra.
Se uma empresa de artigos esportivos quer usar a plataforma de cashback como vitrine virtual para expor os seus produtos, por exemplo, ela paga um determinado valor para estar ali e anunciar suas ofertas. Ao consumidor, é oferecida uma parte desse montante caso a compra de algum dos produtos relacionados se concretize.
A porcentagem da recompensa é definida e mostrada já no anúncio do item buscado. Assim, todos são beneficiados: a loja potencializa o alcance de vendas, a plataforma ganha por ter feito a ponte e o consumidor termina a operação com um retorno financeiro.
Para o professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP), Cesar Caselani, o cashback faz parte de um marketing financeiro que pode ser muito bem utilizado pela indústria do varejo, caso consiga fidelizar os clientes com benefícios reais e melhores do que os já conhecidos. O especialista também acredita que a ascensão das fintechs e a tendência do público jovem em buscar plataformas online também são fatores que podem impulsionar o modelo de compras.
“Muitos jovens abrem conta em plataformas digitais e elas mesmas estão oferecendo esse produto. Há o interesse por parte das empresas de estimular o uso, por ser uma maneira de atrair o cliente. Imagino que há um potencial para isso”, explica Caselani.
Conhecido pelos consumidores nos Estados Unidos há mais de 20 anos, o modelo está ganhando espaço no Brasil desde 2011. A ideia principal do programa de recompensas em dinheiro é ser uma alternativa ao sistema de fidelização por acúmulo de pontos praticados pelo comércio e pelas instituições financeiras. Geralmente, os programas tradicionais colocam a pontuação à disposição dos clientes somente quando está bem elevada e para troca por produtos específicos.
Plataformas como Beblue, Ame Digital, Cashback World, Ganhe de Volta e Méliuz são exemplos de empresas que trabalham com o serviço de cashback. Somente no último ano, a Méliuz, por exemplo, devolveu 45 milhões de reais aos usuários da base, que hoje computa sete milhões de pessoas.
E mesmo com restrições de resgate de pontuação e produtos que podem ser trocados pelos consumidores, o mercado de programas de fidelidade rende bons frutos. Dados mais recentes da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF) indicam que os participantes de programas de fidelidade de seis de suas associadas (Dotz, Grupo LTM, Multiplus, Netpoints, Smiles e TudoAzul) trocaram 64,4 bilhões de pontos/milhas por produtos e serviços no terceiro trimestre de 2018. O número é o maior já registrado pelo histórico da associação, iniciado em 2016.
A plataforma funciona como um espaço para anúncio e recebe uma fatia do valor por atrair o cliente. A porcentagem da recompensa (dinheiro de volta) ao usuário varia de acordo com a parceria entre a loja - física ou online - e a empresa de cashback, além da natureza do produto. O consumidor pode ter o benefício em lojas de departamento, supermercados, postos de combustível, agências de viagem, entre outros.
Para aderir à modalidade de cashback, o consumidor precisa realizar um cadastro pelo site ou aplicativo da plataforma escolhida. Dados pessoais e bancários são solicitados para criar uma conta. Assim que os dados são aprovados, o usuário já pode utilizar o sistema nas compras.
Cada empresa define regras próprias para acúmulo de cashback, valor mínimo para resgate e prazo de expiração da recompensa. Se a companhia escolhida trabalhar com vendas online, o cliente deve entrar no site da plataforma de cashback e de lá ser redirecionado para a loja parceira. No caso de estabelecimentos físicos, basta que o usuário pague por meio de uma maquininha específica.
A consulta do montante a ser resgatado pode ser feita por meio do aplicativo ou do sistema de cada empresa. Outro ponto importante é que o benefício pode vir por meio do dinheiro em si ou de descontos com lojas parceiras do sistema.
Receber uma parte do dinheiro de volta é um bom estímulo às compras, mas como com todo produto de consumo, é necessário ter cuidado para fazer um bom uso do cashback.
O professor de Finanças Cesar Caselani alerta para alguns pontos que devem levados em consideração antes de escolher uma das dezenas e plataformas existentes no mercado. Assim como com os preços dos produtos, a comparação de regras entre um sistema e outro pode fazer a diferença no bolso no futuro.
Entre as dicas dadas pelo especialista, a principal é avaliar sempre o cenário do consumo. Qual é o percentual que vai retornar? Faça um cálculo líquido da compra e de quanto pode voltar.
Por exemplo: se eu gastei 100 reais, desse montante, quanto retorna em cashback? Uma instituição devolve mais do que a outra? Tenho que esperar muito para receber esse retorno? Leve todos esses pontos no momento de utilizar a modalidade.
Outro item que deve estar na lista de avaliação do consumidor é a possibilidade da empresa cobrar alguma taxa pelo serviço prestado ou ainda disponibilizá-lo mediante uso contínuo de outro produto, como um cartão - meio de pagamento usado para acumular milhas, por exemplo.
“Associado a esse produto, existe algum tipo de tarifa? Preciso pagar algum tipo de anuidade a ter direito a esse cashback? Tenho que ver quanto me custa usar determinado cartão. Cartões que oferecem milhas, por exemplo, geralmente são mais caros”, argumenta Caselani.
Por fim, e não menos importante, o consumidor deve deixar o termômetro do consumismo ativo sempre que for abrir o aplicativo ou site do sistema de cashback. Criar a ilusão de que comprando mais você receberá mais dinheiro, significa tomar um atalho para o mau endividamento.
Depois de entender o que é cashback e como funciona esse modelo de compras, que tal começar a buscar plataformas que oferecem esse benefício? Mas, cuidado: nada de começar a consumir mais só para ter a falsa sensação de estar ganhando dinheiro. Saiba unir o útil ao agradável e aproveitar esse benefício ao comprar itens que você realmente precisa.
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