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Mais que um índice econômico, a inflação é um fator importante para definir os preços de alimentos, produtos e serviços que você consome no dia a dia. Entenda como ela funciona
por Flávia Marques
Atualizado em 18 de agosto, 2023
Muita gente ainda não sabe o que é inflação, mas uma coisa é certa: os efeitos gerados por ela afetam o bolso de todo mundo. Por isso, ficar por dentro desse assunto é um passo muito importante para controlar a sua vida financeira e entender o que acontece com o seu dinheiro com o passar do tempo.
A seguir, vamos explicar de maneira simples como funciona a inflação e, com exemplos, mostraremos que ela está mais presente no seu dia a dia do que você imagina.
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Você já deve ter notado que, hoje em dia, os preços de alguns itens são muito maiores do que há alguns anos. A inflação é a grande responsável por isso.
E o que significa inflação? Essa palavra é usada para explicar o aumento no preço de produtos, de aluguel, de salários e também é o motivo pelo qual o seu poder de compra diminui em alguns momentos. Resumidamente, a inflação indica o aumento generalizado ou contínuo dos preços de uma série de categorias de bens e serviços importantes no dia a dia dos consumidores.
Na economia, o conjunto dessas categorias é chamado de “cesta de produtos”. Essa cesta inclui despesas relacionadas à alimentação, moradia, vestuário, transporte, saúde, despesas pessoais, educação entre outros.
Quem já ouviu falar sobre o assunto nos noticiários, em meio a tantos números, pode ficar confuso e não conseguir entender o que, de fato, significa o índice de inflação. Na prática, funciona assim: se a inflação em determinado mês for de 1%, por exemplo, isso quer dizer que o aumento médio dos preços dessas categorias neste mês também foi de 1%.
Vale lembrar que esse aumento nos preços não é uniforme, ou seja, dentro de cada categoria alguns itens podem sofrer aumentos maiores e outros, nenhum. Quando o valor do tomate sobe muito, ele pode puxar a inflação média mesmo que o preço do limão, que também está na categoria alimentação, fique estável, por exemplo.
De forma resumida, a inflação aumenta quando o nível de preços médios da economia também sobe.
Para entender os motivos que levam ao aumento dos preços, é importante saber que existem dois tipos de inflação: a de oferta e a de demanda.
A inflação de oferta também é chamada de “inflação puxada por custos”. Ela acontece quando o preço de matérias-primas básicas, como a eletricidade ou a gasolina, crescem. Aí, os reajustes impactam os custos da empresa, que são repassados ao consumidor.
Vamos a um exemplo: no Brasil, a maior parte da energia elétrica oferecida à população é gerada em usinas hidrelétricas. Quando o nível de água nos reservatórios fica muito baixo, as companhias precisam adotar alternativas para continuar gerando energia.
Uma delas é realizar o processo em usinas termelétricas, que produzem eletricidade a partir da queima de combustível. Por se tratar de um procedimento mais caro para as empresas, quando essa substituição é necessária, o preço médio das contas de luz aumenta para toda a população.
Mas os preços também podem subir por conta da alta procura por produtos e serviços — a chamada inflação de demanda.
Vamos supor que, em determinado período, a economia esteja em pleno desenvolvimento e a população se sente mais segura para comprar itens mais caros, como um automóvel. Se isso acontecer, é possível que as montadoras, a princípio, não consigam atender à alta demanda. Com muita procura e poucos carros no mercado, o resultado é o aumento dos preços.
Com certeza você já viu isso acontecer com outros produtos. Quem procura um ar-condicionado em pleno verão, por exemplo, deve encontrar preços bem maiores do que aqueles que compraram fora de época. Aliás, compreender a lei da oferta e da demanda e ficar atento a esse movimento, acompanhando os preços do que você precisa ou deseja adquirir, é uma ótima maneira de economizar dinheiro.
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Esse aumento de demanda — e da inflação — pode acontecer por diferentes motivos: porque as pessoas estão ganhando salários maiores, porque o crédito está mais acessível ou até quando o Banco Central imprime moeda para financiar o governo.
Se a alta da inflação é sinônimo de elevação de preços, o resultado pode não ser positivo para quem vive de salário e não vê a sua renda aumentar. Se um profissional ganha hoje o mesmo que ganhava há três anos, por exemplo, ele perdeu poder de compra, porque as coisas estão mais caras.
Para efeitos de comparação, em 2020, o salário mínimo no Brasil foi definido em 1 045 reais. Em 2015, o valor era de 788 reais. Cinco anos atrás, em 2010, chegou a 510 reais. Embora o salário mínimo não represente um montante suficiente para que muitas famílias possam atender às suas necessidades básicas, essa diferença ajuda a entender como o valor do dinheiro vem mudando ao longo dos anos.
Em outras palavras, a inflação faz com que o seu dinheiro perca valor, já que ele não acompanha as altas dos preços. Em um cenário de hiperinflação, cria-se um grande problema: os preços chegam a aumentar todos os dias. Isso significa que a cada dia que passa, a moeda perde valor muito rápido.
Os brasileiros passaram por isso entre as décadas de 1980 e 1990, quando o índice de inflação chegou a atingir 80% (para efeitos de comparação, a meta de inflação em 2020 é de 4%). Nos supermercados, os preços eram remarcados várias vezes por dia e as famílias se apressavam para ir às compras assim que recebiam seus salários, pois sabiam que o dinheiro recebido perderia valor rapidamente.
Os preços mudavam do dia para a noite e a escassez de produtos era uma realidade. O cenário só melhorou em julho de 1994, quando o Plano Real entrou em vigor e a inflação começou a ser controlada. Dois anos depois, a miséria no Brasil caiu 18%, segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas.
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Ao contrário do que muitos pensam, a inflação de preços, quando controlada, é um ótimo sinal: indica que a economia está movimentada e crescendo de forma sustentável. Por isso, em qualquer país do mundo, é preciso ter inflação. Aliás, o Brasil possui uma meta anual de inflação para dar segurança à economia.
Como já mencionamos, a inflação passa a ser prejudicial quando não é controlada e atinge níveis muito altos, situação chamada de hiperinflação.
Quem já ouviu falar sobre inflação pode ter se deparado, também, com outro termo econômico: deflação.
A deflação é o contrário de inflação e acontece quando os preços, ao invés de subirem, caem. Entre os principais motivos que geram essa situação estão o aumento da oferta de produtos e falta de demanda para compra.
Além disso, a deflação pode ser consequência de uma crise econômica. Isso porque, em períodos de recessão, os consumidores podem ter a sua renda reduzida e tendem a ficar mais cautelosos para comprar. Esse comportamento leva as empresas a diminuírem cada vez mais os seus preços.
Apesar do barateamento de produtos e serviços, a deflação e a falta de consumo não são interessantes para a economia. Quando as pessoas entendem que os preços tendem a baixar no futuro, elas acabam adiando seus gastos. Assim, as empresas não vendem, não lucram e não geram emprego — o que piora a situação financeira e a qualidade de vida de toda a população.
Podemos afirmar, então, que a deflação é tão prejudicial quanto a inflação descontrolada.
Agora que você já sabe o que é inflação e deflação, consegue entender melhor as variações de preços que encontrar quando for às compras e pode acompanhar os noticiários de economia com mais facilidade. Lembre-se: informação é fonte de crescimento. Que tal compartilhar este conteúdo com mais pessoas e ajudá-las a ter mais controle sobre a sua vida financeira também?
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