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Tenho um empréstimo consignado e fui demitido. E agora?

Para não cair no mau endividamento, colaboradores demitidos ou que pedem demissão antes de quitar a dívida de crédito consignado precisam tomar alguns cuidados. Descubra quais são

por Creditas

Atualizado em 16 de agosto, 2023

Tenho um empréstimo consignado e fui demitido. E agora?

Quer saber o que acontece se você tem um empréstimo consignado e é demitido? Então você está no lugar certo. Nesta matéria, você irá entender o que acontece se houver uma demissão enquanto o empréstimo ainda não estiver totalmente quitado.

“Tenho um empréstimo consignado e fui demitido. O que acontece agora?”. Essa é a dúvida de muitos profissionais que, quando precisam de crédito, recorrem ao consignado. Nesse tipo de empréstimo, as parcelas são descontadas direto da folha de pagamento do tomador e, por isso, as taxas de juros e condições de pagamento ficam mais interessantes. 

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Uma das vantagens do crédito consignado é a oferta de prazos maiores para pagamento. Por isso, é normal que o funcionário solicite empréstimo com desconto em folha e saia do atual emprego - por vontade própria ou após ter sido demitido - antes de quitar a dívida. 

Em casos assim, o profissional precisa tomar alguns cuidados para não ficar com pendências financeiras. A seguir, você vai entender mais sobre o assunto. 

Para facilitar sua jornada nesse universo, confira os principais tópicos desta matéria:

O que devo fazer se tenho um empréstimo consignado e fui demitido

Por lei, quando um funcionário é demitido, as parcelas do consignado podem ser cobradas diretamente na conta do trabalhador ou por meio de boletos bancários. A forma de pagamento varia de acordo com as condições estabelecidas no contrato assinado durante a solicitação do empréstimo. 

Após a demissão, o primeiro passo é verificar o contrato e observar se a forma de desconto é a mais vantajosa para você. Em caso negativo, vale lembrar que a empresa empregadora não tem autonomia para oferecer apoio nesta situação. Por isso, o ideal é entrar em contato com o banco ou instituição financeira imediatamente e negociar novas condições. 

Um fato interessante sobre o empréstimo consignado em folha é que suas parcelas nunca podem comprometer mais do que 30% do valor do salário. Em tese, quando o colaborador é demitido, nada poderia ser descontado, já que ele não tem mais remuneração. 

Mas na prática isso não acontece, e as prestações ainda devem ser quitadas. Por isso, se não houver condições financeiras de pagá-las, faça uma renegociação para evitar se perder em meio às contas e cair na inadimplência

Despesas: o que priorizar quando se tem empréstimo consignado e é demitido

Fazer um planejamento financeiro é fundamental em qualquer situação. Mas, quando tem empréstimo consignado e é demitido, o profissional precisa tratar essa questão com ainda mais cuidado. 

Isso porque, além do empréstimo, o trabalhador pode ter mais despesas - que incluem outras parcelas e os gastos fixos recorrentes. Para sobreviver com mais tranquilidade e até se programar para encontrar uma oportunidade de recolocação profissional, planejar como vai usar o dinheiro é imprescindível. 

Uma dica interessante é listar e categorizar os seus gastos mensais pelos próximos 12 meses, incluindo as dívidas a pagar. Para isso, você pode utilizar uma agenda, uma planilha de gastos ou até um aplicativo de controle financeiro. A ferramenta não é o que mais interessa. O importante é reunir todas as informações em um só lugar para que nenhuma conta fique para trás. 

Em seguida, veja o quanto recebeu de indenizações da empresa onde trabalhava e faça uma previsão de quanto tempo vai durar o dinheiro da rescisão, do FGTS e do seguro-desemprego. Na hora de avaliar as contas a pagar, lembre-se de que as parcelas de dívidas sempre devem ser prioridades, pois, se não quitá-las, você pode ficar com o nome sujo e até encontrar dificuldade para encontrar um novo emprego. 

Por outro lado, neste período de dinheiro contado, o melhor caminho é incluir o pagamento de parcelas mês a mês no orçamento em vez de pagar tudo de uma vez. Se precisar, tente renegociar. 

Lembre-se também que, em qualquer situação, quando se tem mais de uma dívida o ideal é priorizar o pagamento daquelas que têm juros mais altos, já que elas comprometem mais do orçamento e crescem mais rapidamente. 

Modalidades de crédito tradicionais como o cheque especial, rotativo do cartão de crédito e o empréstimo pessoal são os exemplos mais comuns de dívidas caras, principalmente pelas altas taxas de juros praticadas nessas modalidades. 

Além disso, as despesas básicas, como água e luz, também entram na lista de prioridades, já que o não pagamento pode implicar no corte de fornecimento de serviços essenciais. 

Ouça a seguir o podcast Educação Financeira, com Fernanda Martinez e Marta Cavallini do G1, para saber mais:

O que acontece se tenho consignado e pedi demissão

Quando o colaborador contrata crédito consignado e pede demissão antes de concluir o pagamento do empréstimo, as parcelas podem ser descontadas de até 35% das verbas rescisórias - como saldo de salário, aviso-prévio e férias vencidas -  para diminuir a dívida, conforme o artigo 1°, parágrafo 1°, da Lei 10.820/2003. O mesmo se aplica aos funcionários que são desligados. 

Mesmo assim, é importante ressaltar que a medida só poderá ser adotada se estiver descrita no contrato firmado entre a empresa empregadora e a instituição financeira que oferece o empréstimo. 

Mas, atenção: se essas verbas são muito pequenas em comparação com o saldo devedor, terão pouco efeito na redução do endividamento. De qualquer forma, é importante ficar atento para entender qual é o real valor da dívida e os juros aplicados sobre ela após os descontos da rescisão. Assim, é possível entender o real valor da dívida e se programar para continuar pagando o empréstimo. 

Nos contratos assinados a partir de 2016, a regra é diferente: para abater a dívida, em casos de demissões sem justa causa ou pedidos de desligamento, até 10% do saldo do FGTS e até 100% da multa rescisória podem ser descontados. 

O que acontece se tenho consignado e a empresa faliu

Se a empregadora for à falência e precisar demitir os funcionários, isso não muda as condições da dívida. Isso porque, legalmente, mesmo ao fechar as portas, a empresa deve pagar os devidos direitos aos profissionais. 

Em caso assim, é importante que  o profissional fique ainda mais atento ao pagamento da rescisão. Se for preciso, procure o apoio de um especialista para avaliar os valores recebidos e assegurar que todos os direitos foram pagos. Isso vai garantir que você possa quitar a dívida do consignado com mais tranquilidade. 

Agora que você já sabe como funcionam as práticas de crédito consignado após desligamentos e pedidos de demissão, está mais preparado para tomar um empréstimo ou continuar pagando o que já contratou com mais segurança. 

Como fica o pagamento do empréstimo após a demissão

Quando você é desligado, a empresa pode descontar dívidas de funcionário na rescisão. Se você optou por sair da empresa, veja se a nova empresa disponibiliza esse beneficio e, caso positivo, faça a portabilidade da dívida.

Caso a nova empresa não tenha o benefício, você precisa entrar em contato com o banco para informar que os descontos terão de ocorrer de outra forma.

O que acontece se eu não pagar um empréstimo consignado?

Existem várias consequências previstas em caso de interrupção do pagamento do empréstimo consignado, como a aplicação de taxas adicionais (com juros mais elevados), a inclusão do indivíduo em listas de inadimplentes (como SPC e Serasa) e até mesmo a execução judicial para apreensão de bens.

Ficou com alguma dúvida sobre o assunto ou tem alguma informação interessante para compartilhar com os nossos leitores? Então, é só escrever para a gente nos comentários!

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