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Pesquisa aponta que quatro em cada dez casais brigam por divergências com dinheiro. Para evitar desgastes, o primeiro passo é traçar objetivos com o (a) parceiro (a)
por Portal Exponencial
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
Em novembro de 2017, a jornalista e community manager Isadora Greiner e seu parceiro, o gerente de projetos Caio Caetano, tomaram uma das decisões mais importantes de um relacionamento: morar juntos. Na época, com quase três anos de namoro, o casal queria dar um passo a mais na relação e, além de dividir os momentos e a vida, compartilhar, também, o mesmo teto e responsabilidades. Junto com essa decisão, veio o dilema: como dividir as contas e estruturar um planejamento financeiro para casal? “Antes de tomarmos a decisão, conversamos muito sobre o assunto, para que não ficasse apertado ou desproporcional pra nenhum dos dois”, diz Isadora.
Entrave comum entre os casais, dividir o pagamento das contas e organizar as despesas é um dos principais motivos de briga - e separação - entre os casais. Uma pesquisa elaborada pelo SPC Brasil em conjunto com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que quatro em cada dez casais entrevistados brigam por causa do dinheiro. Segundo o levantamento, as discordâncias ocorrem, principalmente, quando o assunto é gastos da casa, reservas para imprevistos e o fato de não querer pagar pelos gastos do cônjuge.
Por isso, Isadora e Caio conversaram bastante e estruturaram um planejamento financeiro para o casal, de modo que não destoasse ou ficasse pesado para nenhum dos dois. Uma das soluções encontradas por eles foi fazer a divisão das contas proporcionalmente com o salário de cada um. A regra é clara: quem ganha mais, assume responsabilidades condizentes à renda. Ao final do dia, o casal consegue traçar metas e focar em seus objetivos, sem deixar de aproveitar os pequenos prazeres da vida, como viajar, jantar fora e, até mesmo, comprar presentes pessoais.
“Conversar sobre finanças não é um tabu para nós, pelo contrário. Sempre compartilhamos informações como o quanto ganhamos, as despesas que temos e como podemos investir”, diz a community manager. "Já, inclusive, recebi dicas do Caio de como usar melhor o meu dinheiro e evitar gastos desnecessários", conta.
Diferente da Isadora e do Caio, que tiraram de letra a organização da finanças a dois, muitos outros casais não têm o mesmo sucesso - e disposição. Outro levantamento do SPC Brasil em parceria com a CNDL indica que três em cada dez brasileiros não sabem o salário do parceiro. E um dos principais motivos para que isso ocorra é porque quase 70% das famílias não discutem abertamente os gastos e as receitas da casa.
Ou seja: não falam abertamente sobre planejamento financeiro. “Essa falta de diálogo prejudica o avanço, consolidação e tranquilidade do casal”, diz Leandro Trajano, personal financeiro. “Quando há transparência, o assunto está sempre em pauta e passa a fazer parte da rotina do casal. Com o tempo, isso é discutido de maneira leve e descontraída”, completa.
Para o especialista, a partir do momento em que o casal senta e compartilha informações financeiras, como salário, objetivo, planos e metas, eles conseguem traçar juntos a dinâmica e organização da renda - e, a partir disso, realizar os objetivos.
Para desmistificar esse tabu, a Revista Digital Creditas e o personal financeiro Leandro Trajano traçaram algumas dicas. Veja a seguir:
Segundo o especialista, não existe forma certa: existe a maneira que dá certo. Cada casal encontra o seu ponto de equilíbrio nessa questão. O mais importante é não ter julgamentos, tratá-lo de maneira burocrática ou com medo: tente, ao máximo, ser transparente com seu/sua parceira (o). Nesse sentido, não vale esconder ganhos ou perdas. Quanto mais claro e aberto você for, melhor para o casal.
Caso ainda haja dificuldade para trazer o assunto à tona, marque um dia para conversar sobre. Com o passar do tempo, quanto mais abordado pelo dois, o diálogo se tornará natural e frequente.
Além disso, ter foco e um propósito que una o casal contribui bastante nesse processo. Por exemplo, quando um casal chega a um plano de realizar uma viagem juntos, eles devem colocar na ponta do lápis o quanto vão precisar para alcançar a meta. Com o objetivo traçado, eles, juntos, poderão se programar para realizá-lo.
“O que eu sugiro como planejamento financeiro para casal é que eles tenham muito claro quais são os objetivos deles. Não só para o ano, mas em curto, médio e longo prazo. Conforme o tempo for passando, é importante revisar os planos para ficar sempre alinhado. Isso ajuda a manter o foco e a executar o plano traçado”, explica o especialista.
Cada casal encontrará a melhor maneira de controlar as finanças, seja por meio de uma planilha para os dois ou individual, aplicativos ou pastas de documentos. O mais importante é que tenha organização e planejamento do quanto ganha, gasta e o quanto será poupado por ambos para que o objetivo seja alcançado.
O momento da divisão das contas e das responsabilidades pode sempre gerar um pico de tensão. Isso porque, quando não há um equilíbrio, pode ficar mais pesado - e difícil - para uma das partes. Consequentemente, isso afeta na relação de alguma maneira. “As opções e objetivos ficam diferentes nesse caso. Enquanto um poderá ir em um restaurante mais barato, o outro vai querer visitar um lugar mais sofisticado. Haverá incompatibilidade”, diz Trajano.
Nem sempre a divisão igualitária é o melhor caminho. Um dos formatos indicados é proporcional ao salário de cada um. Ou seja: quem ganha mais, automaticamente fica responsável pelas contas mais altas. O mesmo vale em viagens, lazer, e etc. Isso gera um equilíbrio e impede o casal de ter realidades diferentes.
“Isso independe de ter conta em conjunta, ou não. Ter a conta bancária separada não quer dizer ter as finanças separadas. Traçar o mesmo objetivo e planos é saudável para o casal”, explica.
De acordo com o personal financeiro, quando existe um planejamento financeiro para casal, mesmo com divergências de ideias e salariais, há mais chances de ter sincronia e sucesso - principalmente quando há equilíbrio e diálogo.
Sabe aquele episódio de comprar algo escondido do (a) parceiro (a)? Isso é chamado de infidelidade financeira. Comum nas relações, as pessoas sentem vergonha e/ou receio de contar ao outro que gastou com algo que possa gerar algum tipo de conflito.
Para que isso não aconteça, o especialista em finanças aconselha: primeiro, não esqueça do planejamento financeiro para casal. Com isso feito, deixe sempre claro as suas vontades, prioridades e do que gosta. "A individualidade das pessoas não devem ser perdidas em um relacionamento. Quando o espaço e vontades do outro é respeitada, isso evita problemas e a chamada infidelidade financeira", diz.
Uma maneira de tentar contornar essa questão é sempre estabelecer limites e respeitar as vontades de cada um. Se o casal tem um objetivo, é importante estar sempre focado para não extrapolar as metas. A orientação nesse caso, porém, é de sempre tentar separar uma quantia da renda para sanar desejos pessoais.
“Se uma das pessoas do casal gosta de comprar cerveja artesanal e a outra gastar com salão, não tem problema, é importante manter os gostos individuais e ter uma verba destinada para isso”, conta Trajano. “Quando tudo é mantido às claras, não tem motivos para a infidelidade financeira.”
Com o planejamento financeiro para casal bem definido, transparência e diálogo, muitos problemas poderão ser evitados - principalmente os relacionados ao dinheiro.
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