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Veja quais são os melhores investimentos em renda fixa, suas regras de remuneração e para quem ele é indicado.
por Leonardo Cruz
Atualizado em 9 de outubro, 2024
A renda fixa foi, por muito tempo, a principal escolha dos investidores brasileiros. Com o recente aumento da Selic para 10,75% (em set./24), esses investimentos voltaram a ganhar destaque, oferecendo retornos mais atrativos.
Se você já investe em renda fixa ou está pensando em começar, mas ainda tem dúvidas sobre como esses produtos funcionam, este guia vai te ajudar. Nele explicarei o que é a renda fixa, os principais tipos de investimento e como eles podem se encaixar nas suas metas financeiras.
Renda fixa é um tipo de investimento que oferece condições de retorno previsíveis, variando entre rentabilidade prefixada, pós-fixada ou híbrida. Ao investir, o investidor já conhece o rendimento, o que torna essa opção ideal para quem busca segurança.
O conceito de renda fixa pode ser entendido como um "empréstimo". O investidor empresta dinheiro a instituições como bancos, empresas ou até o governo, e, em troca, recebe o valor investido acrescido de juros.
Ao contrário da renda variável, onde os ganhos e perdas são imprevisíveis, na renda fixa, o investidor conhece as condições de retorno desde o início, tornando-a uma opção mais estável e menos volátil.
No vídeo abaixo, Camilla Dolle, Head de Renda Fixa no Research da XP, explica o que é a renda fixa, por que ela leva esse nome e para quais perfis de investidores é indicada essa classe de ativos.
Investir em renda fixa significa emprestar dinheiro para instituições como bancos, empresas ou o governo, que em troca, oferecem uma remuneração com base em determinadas condições previamente estabelecidas.
A grande vantagem desse tipo de investimento é a previsibilidade da rentabilidade, que pode ser definida de três formas: pós-fixada, prefixada ou híbrida.
Os principais investimentos em renda fixa apresentam características variadas, cada um com vantagens e riscos específicos, que podem se adequar a diferentes perfis de investidores. A seguir, detalhamos os tipos mais comuns de investimentos em renda fixa, seus benefícios e riscos, ajudando a escolher a melhor opção para o seu perfil e objetivos financeiros.
Títulos emitidos por bancos para captar recursos de terceiros, remunerando com base em taxas prefixadas ou pós-fixadas, como o CDI.
LCI (Letras de Crédito Imobiliário) Títulos emitidos por bancos, com lastro em operações de crédito imobiliário, e isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Títulos emitidos por bancos, vinculados ao crédito rural, com rentabilidade atrelada a taxas como o CDI.
Títulos públicos emitidos pelo governo, que podem ter rentabilidade prefixada, pós-fixada (Selic) ou atrelada à inflação (IPCA).
Títulos emitidos por instituições financeiras, com garantia especial do FGC em valores maiores.
Títulos emitidos por grandes instituições financeiras para captação de longo prazo, sem liquidez antes do vencimento.
Títulos de dívida corporativa emitidos por empresas para financiar projetos, oferecendo retornos superiores à maioria dos produtos de renda fixa.
Os investimentos em renda fixa também possuem riscos que precisam ser considerados antes de qualquer aplicação. Existem três principais tipos de risco:
A relação risco-retorno, em renda fixa, é direta: quanto maior o risco, maior o retorno esperado. Por exemplo, um CDB que rende 100% do CDI é considerado de baixo risco, mas também oferece retornos mais modestos em comparação com debêntures, que podem pagar taxas mais elevadas, mas possuem maior risco de crédito.
Para começar a investir em renda fixa, o primeiro passo é escolher uma corretora, plataforma ou banco que ofereça esse tipo de aplicação. A decisão entre essas opções depende do custo de corretagem, diversidade de produtos e facilidades na plataforma.
Sempre alinhe os produtos ao seu perfil de risco e horizonte de investimento para maximizar a eficiência dos seus investimentos em renda fixa.
Declarar investimentos de renda fixa no Imposto de Renda exige atenção aos diferentes tipos de títulos e suas respectivas regras de tributação. Abaixo, explicamos os principais pontos:
Tabela regressiva de Imposto de Renda:
A tributação dos rendimentos de renda fixa segue a tabela regressiva, que diminui a alíquota conforme o prazo de aplicação:
Investimentos isentos de IR:
Títulos como LCI e LCA são isentos de IR para pessoas físicas. Basta manter esses investimentos nas regras estabelecidas, sem a necessidade de ações adicionais para usufruir da isenção."
Declaração de saldos e rendimentos:
Manter um bom controle dos rendimentos e dos saldos ao longo do ano ajuda a garantir que a declaração seja feita de forma correta, evitando possíveis problemas com a Receita Federal.
A escolha entre renda fixa e renda variável depende do perfil do investidor e dos seus objetivos financeiros. Cada modalidade possui características distintas, que afetam diretamente a rentabilidade e o nível de risco.
A diversificação entre as duas opções é uma estratégia comum para equilibrar segurança e rentabilidade. Se quiser entender mais sobre o tema leia nosso guia sobre a diferença entre renda fixa e variável.
Para entender o potencial de retorno da renda fixa, é importante considerar os diferentes cenários de rentabilidade, que variam conforme o indexador utilizado, como a taxa Selic, IPCA ou CDI.
Abaixo, mostramos exemplos práticos de quanto o investidor pode ganhar ao investir R$ 1.000 durante 12 meses, considerando diferentes cenários de rentabilidade.
Tipo | Valor bruto acumulado (R$) | Rentabilidade bruta (%) | Ganho líquido (R$) |
---|---|---|---|
LCI e LCA | R$ 1.098,43 | 9,84% | R$ 98,43 |
CDB | R$ 1.115,87 | 11,59% | R$ 95,59 |
Tesouro Selic | R$ 1.115,87 | 11,59% | R$ 93,18 |
Tesouro Prefixado | R$ 1.114,23 | 11,42% | R$ 91,83 |
Fundo DI | R$ 1.113,74 | 11,37% | R$ 90,82 |
Tesouro IPCA+ | R$ 1.102,99 | 10,30% | R$ 82,57 |
Poupança | R$ 1.076,23 | 7,62% | R$ 76,23 |
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