Simule seu crédito
Soluções
Seguros
Soluções de seguros para proteger suas conquistas. Cote online, compare preços e economize com a maior corretora online do país, a Minuto Seguros, uma empresa Creditas.
Para você
Empresas
Uncategorized
Estudo realizado pela Catho revela cenário de insatisfação profissional no país. Especialista explica o que as empresas podem fazer para engajar – e não perder – os funcionários
por Flávia Marques
Atualizado em 12 de março, 2021
RESUMO DA NOTÍCIA
|
Com a chegada de um novo ano, é natural que mais pessoas renovem suas listas de desejos e comecem a pensar nas conquistas esperadas para os próximos 12 meses. Para 2020, as expectativas dos brasileiros giram em torno de mudanças profissionais: um estudo realizado pela Catho, empresa de recrutamento, mostrou que 92% da população desejam um novo emprego neste ano.
Os números revelam um cenário de insatisfação profissional e, para as companhias, servem de alerta: as empresas que desejam reter talentos precisam olhar para o quadro de funcionários com mais atenção.
Claudia Santos, especialista em gestão estratégica de pessoas e diretora da consultoria Emovere You, defende que os RHs têm grande responsabilidade para reter e engajar colaboradores, mas nenhuma medida gera bons resultados sem o apoio dos líderes de equipes. “É um trabalho em conjunto: embora as estratégias venham do RH, no dia a dia é o líder que tem contato direto com o funcionário”, comenta. “Por isso, aprimorar as habilidades de gestão de pessoas é uma necessidade constante de quem ocupa cargos de chefia”, acrescenta.
Mas, afinal, por que tantas pessoas querem mudar de emprego? A resposta está em uma combinação de fatores.
Primeiro, é preciso entender que cada profissional tem motivações e ambições. Quando sentem que elas não são atendidas ou valorizadas pelas companhias, a tendência é que passem a buscar novas oportunidades de trabalho. “Hoje, muitas pessoas têm como prioridade crescer rápido na carreira, por exemplo”, comenta Claudia. “Nestes casos, as companhias que não têm planos de carreira perdem os profissionais”, explica.
Outro ponto destacado pela especialista é que, cada vez mais, os profissionais têm perfil “empreendedor” e desejam uma rotina com mais liberdade, sem chefes e microgerenciamento. Pensando nisso, muitas companhias têm trazido essas características para o seu universo. É cada vez maior o número de empresas que oferecem horários flexíveis ou praticam o modelo de gestão horizontal, em que os colaboradores têm mais autonomia para tomar suas decisões.
Além disso, o mercado de trabalho passa por um momento também conhecido “era da experiência”. Amplamente utilizado entre os profissionais de Recursos Humanos, o termo “employee value proposition” - ou proposta de valor da oferta de trabalho - vem ganhando força e importância nos dias atuais. “Os profissionais estão cada vez mais interessados em trabalhar em companhias com propósitos condizentes com os seus”, conta Claudia. "Definir a proposta de valor da empresa e comunicá-la com clareza aos profissionais desde o momento da admissão é um dos segredos para atrair talentos com maior fit cultural e propensos a ficarem por mais tempo na companhia", aconselha.
Embora tenha sofrido uma ligeira queda no final de 2019, o índice de desemprego no Brasil ainda é alto. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), hoje, 11,2% da população economicamente ativa do país não têm ocupação - o que representa um grupo de quase 12 milhões de pessoas.
O problema fica ainda maior pois, com a escassez de oferta de trabalho, algumas companhias colocam a preocupação com o bem-estar dos colaboradores em segundo plano. Como consequência, mais profissionais ficam insatisfeitos e desejam mudar de emprego. “O mercado desaquecido naturalmente gera um aumento da insegurança e sensação de instabilidade nos profissionais”, comenta Claudia. “Infelizmente, nesta situação, existem empresas que deixam de priorizar a promoção de um ambiente organizacional mais saudável, pois acreditam que é dever do funcionário se manter no emprego por conta da crise”, diz a especialista.
Para quem fica nas empresas, o efeito do desemprego pode ser ainda mais devastador. Os profissionais que permanecem nas equipes normalmente são submetidos a cobranças maiores, passam a concentrar tarefas que antes eram divididas com outros colegas e tornam-se “funcionários-polvo”. Para o RH, surge mais um desafio: manter os colaboradores motivados mesmo depois de ganhar novas responsabilidades.
Na avaliação de Claudia, assumir mais tarefas pode não ser um problema se o funcionário for reconhecido e valorizado pelas atividades desempenhadas. “O X da questão nem é a sobrecarga, mas o que as empresas fazem para reconhecer a sobrecarga”, comenta. “Quando a empresa olha com cuidado para o funcionário, percebe que ele entrega mais e oferece uma bonificação ou a oportunidade de assumir um novo cargo, ele normalmente se dispõe a trabalhar mais e não se sente desvalorizado ou desprestigiado”, avalia.
Em alguns casos, ações realizadas pela empresa podem contribuir para formar um ambiente de trabalho mais agradável e, consequentemente, reduzir a rotatividade de funcionários. A especialista Claudia Santos listou algumas sugestões. Confira:
A retenção de colaboradores engajados está intimamente ligada à valorização das pessoas. Uma maneira de começar a alinhar expectativas é aplicar uma pesquisa de clima organizacional com o objetivo de para identificar os pontos fortes e as oportunidades de melhoria na empresa.
Além de criar um canal de comunicação com a alta direção, essa estratégia pode gerar material para trabalhar a própria retenção de talentos. “As pesquisas de clima são recursos interessantes para entender quais fatores não conversam com as expectativas e motivações dos funcionários”, defende Claudia. “Assim, é possível desenvolver ações efetivas e que podem resolver o que de fato são as dores dos profissionais”, comenta a especialista.
Leia também: Motivo de desligamento: estudo mostra 5 atitudes nocivas de líderes
Newsletter
Exponencial
Assine a newsletter e fique por dentro de todas as nossas novidades.
Ao assinar a newsletter, declaro que concordo com a Política de privacidade da Creditas.